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Afeganistão. Perto de 600 talibãs "demasiado perigosos" ficarão na prisão

Cabul decidiu não libertar perto de 600 prisioneiros talibãs reivindicados pelos insurgentes por serem "demasiado perigosos", disseram hoje responsáveis governamentais, o que indica um novo atraso no início das negociações de paz no Afeganistão.

Afeganistão. Perto de 600 talibãs "demasiado perigosos" ficarão na prisão
Notícias ao Minuto

16:25 - 08/07/20 por Lusa

Mundo Afeganistão

Estes 597 detidos "envolvidos em assassínios, assaltos e contrabando" são "demasiado perigosos para serem libertados", declarou à agência France-Presse uma fonte governamental. Entre eles estão "combatentes estrangeiros", adiantou.

"Estamos prontos para a paz e libertaremos os prisioneiros até ao número de 5.000, conforme ficou estabelecido no acordo" de Doha entre os Estados Unidos e os talibãs, "apenas não aquelas centenas de presos acusados de crimes graves", disse à AFP Javid Faisal, porta-voz do governamental Conselho Nacional de Segurança.

O Presidente Ashraf Ghani prometeu libertar 5.000 detidos talibãs, mais de 4.000 dos quais já abandonaram as prisões, em troca de um milhar de membros das forças de segurança afegãs presos pelos insurgentes, como estipula o acordo de Doha, não ratificado por Cabul.

Os talibãs terão libertado 669 detidos, segundo números divulgados por Cabul.

No texto, assinado no final de fevereiro, Washington compromete-se com a retirada das tropas estrangeiras do Afeganistão até meados de 2021 desde que tenham garantias dos talibãs relativamente ao início de um diálogo de paz.

Os talibãs, que se declararam em várias ocasiões "comprometidos" com os termos do acordo, atribuem o atraso no início das discussões ao governo afegão, acusado de não libertar suficientemente depressa os seus prisioneiros, em relação aos quais os insurgentes apresentaram uma lista nominal.

"Se eles continuam a criar dificuldades em relação à questão isso mostra que não querem que os problemas sejam resolvidos de modo razoável", comentou em declarações à AFP Zabihullah Mudjahid, o porta-voz dos talibãs, que consideram a troca de prisioneiros um pré-requisito para o início do diálogo inter-afegão.

A violência diminuiu no Afeganistão depois dos talibãs terem anunciado um cessar-fogo de três dias no fim de maio, quando terminou o Ramadão, mas as autoridades afegãs dizem que os rebeldes voltaram a realizar ataques nas últimas semanas.

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