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Paquistão poderá libertar sequestrador de jornalista assassinado em 2002

O Supremo Tribunal do Paquistão abriu hoje o caminho para a libertação, ainda esta semana, de um homem condenado pelo envolvimento no assassínio do jornalista norte-americano Daniel Pearl, em 2002, reportou a agência noticiosa Associated Press (AP).

Paquistão poderá libertar sequestrador de jornalista assassinado em 2002
Notícias ao Minuto

20:48 - 29/06/20 por Lusa

Mundo Supremo

O Supremo Tribunal recusou o pedido do Governo para suspender a decisão de um tribunal inferior exonerando Ahmed Omar Saeed Sheikh do assassínio de Daniel Pearl antes de a ordem de detenção de 90 dias expirar na próxima quinta-feira

Aquele órgão de justiça recusou também ouvir imediatamente o apelo, remetendo a audição para 25 de setembro.

Em abril, a justiça paquistanesa deu ordem para Saeed Sheikh continuar na prisão após o Supremo Tribunal da província de Sindh ter revertido a acusação de assassínio e da sentença da pena de morte, o que provocou a ira dos familiares de Daniel Pearl, do Governo norte-americano, de organizações de Direitos Humanos e de associações de jornalistas internacionais.

A detenção por 90 dias foi determinada através de uma lei de ordem pública que permite aos detidos serem mantidos durante mais tempo do que o fixado na sentença se a libertação possa incitar à violência ou ao caos.

O tribunal de instância inferior ainda juntou à acusação de homicídio a de rapto, que implicaria uma pena de prisão de sete anos. Saeed Sheikh está há 18 anos na prisão, passados sempre no corredor da morte.

"Durante 18 anos nem sequer viu a luz do sol. Tem estado em confinamento solitário no corredor da morte", disse o advogado de defesa, Mahmood Sheikh, citado pela AP, logo após o Supremo Tribunal ter anunciado a decisão.

O Supremo Tribunal de Sindh também absolveu três outros acusados do caso -- Fahad Naseem, Sheikh Adil e Salman Saqib, que tinham sido sentenciados a prisão perpétua.

Saeed Sheikh, um antigo estudante da London School of Economics, e os três outros detidos, foram condenados pelo tribunal em 2002.

Daniel Pearl, jornalista do Wall Street Journal, foi raptado no Paquistão no início de 2002, quando investigava uma história sobre militantes islâmicos.

Uma cassete vídeo recebida por diplomatas dos Estados Unidos em fevereiro desse ano confirmou que o repórter, de 38 anos, tinha sido morto, decapitado.

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