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Islandeses escolhem entre dois candidatos nas eleições presidenciais

A Islândia escolhe este sábado o seu Presidente, em eleições que não foram perturbadas pela pandemia da Covid-19, que pouco afetou o pais, com os eleitores a decidirem entre o atual chefe de Estado e o empresário Gudmundur Franklín Jónsson.

Islandeses escolhem entre dois candidatos nas eleições presidenciais
Notícias ao Minuto

08:59 - 26/06/20 por Lusa

Mundo Islândia

O comité de supervisão eleitoral da Islândia, país europeu com cerca de 366 mil habitantes, confirmou no final de maio, entre os candidatos apresentados, as candidaturas do atual Presidente do país, Gudni Thorlacius Jóhannesson, e do empresário.

Gudni Jóhannesson, que vai tentar a sua reeleição, substituiu em 2016 o Presidente Ólafur Ragnar Grímsson, que havia permanecido vinte anos como chefe de Estado da Islândia, um recorde neste país europeu.

O chefe de Estado venceu as eleições de 2016 já com uma candidatura independente e sem um currículo político.

Historiador e antigo professor na Universidade da Islândia, Jóhannesson é visto como um homem de consensos, sóbrio e independente. Tal como a maioria dos islandeses, Jóhannesson, de 52 anos, é um eurocético e opositor à adesão da Islândia à União Europeia (UE).

No início de seu mandato, o atual Presidente teve que supervisionar as negociações para a formação de um Governo na Islândia, após as eleições parlamentares de outubro de 2016, que ocorreram no rasto do escândalo do 'Panamá Papers', que levou à saída do primeiro-ministro islandês na altura, Sigmundur Gunnlaugsson.

O outro candidato, empresário e economista Gudmundur Franklín Jónsson já havia concorrido anteriormente ao parlamento e à Presidência da Islândia.

Jónsson, que foi presidente do partido Esquerda Verde, concorreu ao parlamento em 2013, mas não foi considerado elegível porque residia no estrangeiro. Em 2016, candidatou-se à Presidência, mas retirou o seu nome e endossou a candidatura do ex-Presidente Ólafur Ragnar Grímsson.

O empresário, que concorre de forma independente, diz-se particularmente interessado em expandir os poderes do cargo de Presidente, fazendo uso dos atuais poderes presidenciais, como ter o direito de apelar em casos considerados polémicos e atuar no combate à corrupção.

Numa sondagem de opinião da empresa Gallup, realizada de 11 a 18 de junho, 93,5% dos entrevistados declaram que pretendem votar no Presidente Jóhannesson nas eleições presidenciais de sábado, enquanto 6,5% declaram apoiar Gudmundur Franklín Jónsson.

O país tem 366.130 mil habitantes (dados do Governo da Islândia) e cerca de 250.000 eleitores registados na Islândia (dados do mbl.is/Iceland Monitor) e, na noite de terça-feira, 33.646 pessoas já haviam votado mais cedo, tanto na Islândia quanto no estrangeiro.

A Islândia é uma República parlamentarista e o cargo de Presidente é renovado de quatro em quatro anos.

O país tem parlamento unicameral (Althing), que conta com 63 cadeiras, com mandato de quatro anos para os eleitos. Após as eleições legislativas, o primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente com a aprovação do parlamento.

A atual primeira-ministra do país é Katrín Jakobsdóttir.

A Islândia foi afetada de forma ligeira pela pandemia do novo coronavírus, assim, este facto não irá impedir a realização das eleições no sábado.

O país tem 1.824 casos registados, 1.806 recuperados e apenas 10 óbitos, sendo um dos países que mais faz testes para o novo coronavírus no mundo.

As medidas do país no combate à covid-19, além dos testes, são o rastreio de cadeias infeciosas, promoção de mais distância social entre as pessoas, campanhas para melhor higiene das mãos, medidas de confinamento voluntário e medidas estritas em instituições de saúde e lares de idosos.

A pandemia de covid-19 já provocou quase 482 mil mortos e infetou mais de 9,45 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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