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EUA "bem conscientes" das crescentes ameaças terroristas em Moçambique

Os EUA estão "bem conscientes" do nível crescente de ataques terroristas no norte de Moçambique, que os preocupa, e estão a analisar formas como poderão combater a violência na província moçambicana de Cabo Delgado, manifestou hoje um diplomata norte-americano.

EUA "bem conscientes" das crescentes ameaças terroristas em Moçambique
Notícias ao Minuto

20:03 - 24/06/20 por Lusa

Mundo Ataques

A preocupação foi manifestada por Nathan Sales, embaixador itinerante e Coordenador do Gabinete de Contraterrorismo do Departamento de Estado norte-americano, que falava numa conferência telefónica a partir de Washington, em que a agência Lusa participou, sobre a situação em Moçambique.

"Nos últimos meses, Moçambique está a braços com uma onda crescente de atividades de organizações associadas e inspiradas no grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) no norte do país, em Cabo Delgado. Estamos muito preocupados com a situação e estamos a acompanhar de perto para ver como poderemos apoiar", afirmou.

Sales realçou que os Estados Unidos "têm uma capacidade de contraterrorismo como nenhum outro país".

"Não enviamos apenas paraquedistas para matar os maus, receber algum dinheiro e partir. O que fazemos é investimentos duradouros e sustentáveis e darmos capacidade aos nossos parceiros locais para garantir que possam fazer, no seu país, o que os Estados Unidos fazem no seu próprio país. Investigar e julgar os criminosos, garantir a segurança das fronteiras, esmagar quem os financia e utilizar o contraterrorismo para evitar a radicalização e recrutamentos", afirmou.    

Sabemos bem o nível crescente de ameaças em Moçambique e estamos à procura de formas para apoiar o país", concluiu.

A província de Cabo Delgado, onde avança o maior investimento privado de África para exploração de gás natural, está sob ataque desde outubro de 2017 por insurgentes, classificados desde o início do ano pelas autoridades moçambicanas e internacionais como uma ameaça terrorista.

Nas suas incursões, além de destruir aldeias do norte da província, os grupos armados têm atacado instituições estatais e, em alguns casos, obrigando funcionários públicos e agentes de Estado a procurarem refúgio em outros locais.

Em dois anos e meio de conflito naquela província do norte de Moçambique, estima-se que já tenham morrido, pelo menos, 600 pessoas e que mais de 200 mil já tenham sido afetadas, sendo obrigadas a procurar refúgio em lugares mais seguros.

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