Novas penas de prisão de condenações para ativistas do Hiralk argelino
Cinco pessoas foram hoje condenadas a penas entre seis meses e um ano de prisão efetiva por terem participado numa manifestação proibida em Tizi Ouzu, nordeste da Argélia, indicou uma associação de apoio aos detidos de opinião.
© Reuters
Mundo Argélia
No total, 14 ativistas compareceram no banco dos réus após serem detidos na sexta-feira em Tizi Ouzu após um desfile do Hirak (imagem de arquivo), o movimento popular antirregime.
O Comité Nacional para a Libertação dos Detidos (CNLD) indicou que um ativista vai cumprir um ano de prisão, a pena mais pesada, com encarceramento imediato, por porte de arma branca.
Outros quatro indicados foram condenados a penas de prisão efetiva, e os restantes nove foram libertados.
O procurador, que entre outras acusações se referiu a "rebelião não armada", tinha pedido cinco anos de prisão efetiva para os 14 manifestantes.
Vídeos nas redes sociais divulgaram manifestações de apoio aos acusados, o mais novo com 19 anos, e que decorreram hoje nas proximidades do tribunal de Tizi Ouzou.
Desde o início da pandemia de covid-19 na Argélia que prossegue e se intensifica uma vaga de repressão sobre os militantes do 'Hirak', opositores políticos, jornalistas ou simples 'bloggers'.
Perto de 500 manifestantes pró-Hirak foram detidos na sexta-feira em todo o país, apesar da proibição de todos os ajuntamentos devido à crise sanitária. A maioria foi posteriormente libertada.
Segundo os ativistas, as crescentes medidas judiciais destinam-se a impedir o recomeço da rebelião popular que implicou a demissão do ex-Presidente Abdelaziz Bouteflika em abril de 2019 após 20 anos no poder.
O Hirak, um amplo movimento de massas iniciado em fevereiro de 2019 exige uma alteração do "sistema" em vigor desde a independência em 1962 e com forte predomínio da hierarquia militar.
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