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Novo presidente do Burundi quer "continuar trabalho" do antecessor

O novo Presidente do Burundi, o general Évariste Ndayishimiye, prometeu hoje "continuar o trabalho" de Pierre Nkurunziza, governante que terminava o seu mandato em agosto e que morreu na segunda-feira, aos 55 anos, após uma paragem cardíaca.

Novo presidente do Burundi quer "continuar trabalho" do antecessor
Notícias ao Minuto

21:53 - 09/06/20 por Lusa

Mundo Évariste Ndayishimiye

"Estou solidário com a dor da família, dos ativistas do CNDD-FDD (partido no Governo) e de todos os cidadãos do Burundi. Ele deixa-nos um legado que nunca será esquecido e continuaremos o trabalho de alta qualidade que alcançou no nosso país", destacou Évariste Ndayishimiye numa mensagem escrita em Kirundi, a língua nacional, publicada na sua conta oficial na rede social Twitter, segundo noticia a agência AFP.

O novo Presidente do Burundi, de 52 anos, que era apresentado como o seu "herdeiro" por Pierre Nkurunziza, venceu as eleições presidenciais em 20 de maio, com 68,7% dos votos.

A sua tomada de posse, para um mandato de sete anos renovável por uma vez, estava prevista para agosto, no final do mandato de Pierre Nkurunziza, que não se recandidatou ao lugar.

O Presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza, morreu na segunda-feira, aos 55 anos, alegadamente na sequência de uma "paragem cardíaca", anunciou hoje, em comunicado, o governo do país.

"O Governo da República do Burundi anuncia com grande tristeza a morte de Pierre Nkurunziza, Presidente da República do Burundi, que morreu inesperadamente na sequência de uma paragem cardíaca", refere o comunicado.

A mesma fonte adianta que o chefe de Estado foi internado num hospital durante a noite de sábado, depois de se ter sentido mal, pareceu melhorar no domingo, mas "para grande surpresa" piorou "abruptamente" na segunda-feira de manhã, não tendo sido possível reanimá-lo.

O Governo do Burundi declarou uma semana de luto.

Apesar do comunicado, no Burundi há suspeitas de que Nkurunziza teria morrido infetado com a covid-19.

"Quando a mulher de Nkurunziza foi enviada de avião para o Quénia, vítima da covid-19, muitos no Burundi suspeitavam que o próprio Presidente estava doente", disse Justin Nyabenda, um residente em Bujumbura, citado pela agência Associated Press.

O governo minimizou a pandemia e promoveu a realização de eleições e grandes comícios de campanha apesar dos riscos de propagação da doença.

As autoridades expulsaram os funcionários da Organização Mundial de Saúde do país poucos dias antes das eleições, depois desta agência da ONU ter manifestado a sua preocupação com as multidões nos comícios eleitorais.

Nkurunziza tomou posse em 2005, depois de ter sido escolhido pelo parlamento para liderar o país na sequência da guerra civil de 1993-2005, que matou cerca de 300.000 pessoas.

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