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Eleições presidenciais na Polónia marcadas para 28 de junho

A Polónia realizar em 28 de junho as eleições presidenciais, inicialmente previstas para 10 de maio, mas adiadas devido à polémica em torno do voto por correio como uma opção devido à pandemia de covid-19.

Eleições presidenciais na Polónia marcadas para 28 de junho
Notícias ao Minuto

15:31 - 03/06/20 por Lusa

Mundo Polónia

A porta-voz do parlamento, Elzbiet Witek, comunicou formalmente hoje a convocatória do escrutínio após a câmara baixa ter concordado na noite de terça-feira que vão ser realizadas de acordo com um sistema misto, o voto presencial tradicional e o voto por correio.

De acordo com a legislação polaca, será convocada uma segunda volta caso nenhum candidato garanta a maioria absoluta na primeira votação, e que poderá ocorrer em 12 de julho.

O Presidente do país, Andrzej Duda, que garante o apoio do partido governamental ultraconservador Lei e Justiça (PiS) surge como favorito, com a possibilidade de ser reeleito na primeira volta.

O seu principal rival é o candidato da liberal Plataforma Cívica (PO), Rafal Trzaskowski, para além de outros concorrentes: o líder do Partido camponês polaco, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, o dirigente de esquerda Robert Biedron, o ultradireitista Krzysztof Bosak e o jornalista Szymon Holownia.

Inicialmente fixada para 10 de maio, a eleição presidencial foi adiada à última hora após Governo e partidos da oposição terem divergido sobre as suas modalidades em plena pandemia e com Malgorzata Kidawa-Blonska, a candidata da PO entretanto substituída por Trzaskowski, a abandonar a campanha e apelar ao boicote eleitoral.

O PiS defendia que as presidenciais deveriam decorrer em 28 de junho ou início de julho, antes do final do mandato de cinco anos de Duda, em 06 de agosto.

A oposição rejeitou a ideia, avançada de início pelo Governo do PiS, de um voto apenas por correspondência, inédito na Polónia, ao considerar que não respeitava as normas democráticas e contrariava o texto constitucional.

A oposição considerou ainda ilegal a forma como o poderoso chefe do PiS, Jaroslaw Kaczynski, adiou a data da eleição, através de uma simples declaração política, e após ser ter formado uma corrente interna rebelde na aliança liderada pelo partido no poder.

O PiS pretende a reeleição de Duda para concretizar várias das suas controversas reformas. Os planos do partido governamental colidiram com as posições da Comissão Europeia, que em maio abriu um novo processo de infração à Polónia devido à reforma do sistema judicial.

Bruxelas continua a acompanhar a evolução interna na Polónia, por considerar que a legislação impulsionada pelo PiS pode ser utilizada para controlar a justiça do país, ao contrariar a independência do poder judicial e os direitos fundamentais europeus.

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