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EUA impõem sanções contra funcionários do Governo da Nicarágua

O Departamento de Tesouro dos EUA anunciou hoje sanções contra dois altos funcionários da Nicarágua pela sua colaboração em ações contra manifestantes opositores do regime do Presidente Daniel Ortega.

EUA impõem sanções contra funcionários do Governo da Nicarágua
Notícias ao Minuto

20:18 - 22/05/20 por Lusa

Mundo EUA

As medidas visam o general Julio Cesar Aviles Castillo, comandante do exército da Nicarágua, e o ministro das Finanças, Ivan Acosta, de acordo com um comunicado do Departamento de Estado norte-americano.

Os dois altos funcionários ficam com todos os seus bens e interesses que possuam nos Estados Unidos bloqueados.

Aviles Castillo é visado por ter recusado "ordenar o desarmamento e desmantelamento de forças paramilitares durante e depois das manifestações políticas que tiveram início em 18 de abril de 2018", segundo o comunicado das autoridades norte-americanas.

Em abril de 2018, os estudantes saíram às ruas depois de cidadãos idosos terem protestado contra as mudanças no sistema de segurança social, tendo sido alvo de violência por parte da polícia e forças paramilitares afetas ao Governo da Nicarágua.

Os protestos prosseguiram durante meses e mais de 300 pessoas foram mortas nos confrontos, com parte da violência a ser atribuída a homens mascarados e armados com espingardas, mas sem uniforme.

Essas forças paramilitares lideraram ataques contra manifestantes e detiveram opositores do Governo, entregando-os à polícia.

Acosta é visado pelas sanções por ter organizado ações de apoio financeiro ao Governo, sendo igualmente acusado de "ameaçar pessoalmente os bancos para não participarem de uma greve organizada pelos líderes da oposição, em março de 2019".

A vice-Presidente, Rosario Murrillo, mulher de Daniel Ortega e porta-voz do Governo, respondeu a um pedido de comentário socorrendo-se simplesmente de uma citação do revolucionário nicaraguense Augusto Sandino: "Nós nunca nos iremos vender ou render, nunca".

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, justificou as medidas dizendo que os dois funcionários nicaraguenses praticaram "graves violações dos direitos humanos e procuraram silenciar as vozes pró-democracia na Nicarágua".

Desde 2017, o Governo do Presidente Donald Trump já sancionou 20 altos funcionários das autoridades da Nicarágua, nomeadamente vários familiares e aliados de Ortega, incluindo a sua mulher e dois dos seus filhos.

No início deste mês, o vice-secretário assistente Jon Piechowski, do escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos EUA, disse que os EUA estavam dispostos a aumentar a pressão sobre o governo de Ortega e congratulou-se pelas sanções anunciadas pela União Europeia contra seis funcionários do governo da Nicarágua.

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