No domingo, o Irão repetiu que estava pronto para uma troca de prisioneiros com os Estados Unidos sem "condições prévias", apesar da escalada de tensões entre os dois países, dizendo que a iniciativa teria agora de ser dos EUA.

Numa conversa telefónica com o seu homólogo suíço, Ignazio Cassis, o chefe da diplomacia norte-americana "agradeceu à Suíça pelo seu papel constante e construtivo para proteger" os interesses dos EUA no Irão, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Morgan Ortagus, num comunicado de imprensa.

Na sua conta da rede social Twitter, Mike Pompeo também falou da "ajuda suíça para repatriar cidadãos americanos do Irão e de Myanmar (antiga Birmânia)", durante a pandemia de covid-19.

"A parceria americano-suíça está mais forte do que nunca", concluiu o secretário de Estado.

A Suíça representa os interesses dos EUA no Irão, na ausência de relações diplomáticas entre os dois países, tendo já desempenhado papel de intermediário em prévias trocas de prisioneiros.

Nos últimos meses, o Irão tem dito que está disponível para uma nova troca de prisioneiros.

"Parece-nos que os EUA estão mais preparados do que nunca" para essa troca, disse hoje o porta-voz do Governo iraniano Ali Rabii, explicando que Washington foi informado da sua disponibilidade.

O Departamento de Estado norte-americano não negou qualquer negociação.

"Não vamos revelar discussões diplomáticas pelos 'media'", disse Morgan Ortagus, no domingo, remetendo esclarecimentos para mais tarde.

Na noite desse dia, o Presidente Donald Trump usou a sua conta pessoal da rede social Twitter para mencionar a oferta iraniana de troca de prisioneiros, reconhecendo a decisão diplomática de Teerão.

O Irão já tinha libertado o veterano da Marinha norte-americana Michael White, em 19 de março, por "razões médicas e humanitárias", com a condição de ele não sair do país.

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