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Progressos realizados para acesso à água em África "foram inconsistentes"

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou hoje que os progressos realizados no acesso à água na África Subsaariana, nos últimos 20 anos, "foram inconsistentes" e que "é urgente o aumento do acesso à água em todo o continente".

Progressos realizados para acesso à água em África "foram inconsistentes"
Notícias ao Minuto

15:05 - 05/05/20 por Lusa

Mundo OMS

Na sua mensagem sobre o Dia Mundial da Higiene das Mãos, que hoje se assinala, a diretora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti, sublinha que na África Subsaariana "mais de uma em cada quatro unidades de cuidados de saúde não dispõe de água corrente".

Segundo a diretora da OMS no continente africano, há cada vez mais fábricas locais a produzirem géis desinfetantes à base de álcool, mas, observa, "este tipo de produto não substitui o acesso a um sistema de abastecimento de água seguro e fiável".

Matshidiso Moeti assinala, na sua mensagem, que o acesso limitado à água "transcende as unidades de saúde" e "afeta igualmente as comunidades", sendo que "menos de 50% das famílias na África Subsaariana dispõem de instalações básicas para lavar as mãos com água e sabão".

Em resposta à covid-19 "estão a ser instalados cada vez mais pontos de água para lavar as mãos", mas, realça, "precisamos de apostar em soluções de longo prazo para aumentar de forma sustentável o acesso à água".

De acordo com a responsável, ao longo dos últimos 20 anos os progressos realizados no acesso à água na África Subsaariana foram inconsistentes, e o número de pessoas que usam fontes de água não melhoradas continua igual.

"O número de pessoas que percorrem trajetos de 30 minutos ou mais para se abastecerem de água mais do que duplicou e esta tarefa recai sobretudo nas mulheres e raparigas", lê-se na mensagem.

"Precisamos urgentemente de aumentar o acesso à água em todo o continente. Este objetivo deverá ser alcançado com o apoio dos nossos parceiros", sustenta Moeti.

As celebrações do Dia Mundial da Higiene das Mãos decorrem numa altura em que o mundo luta contra a pandemia da covid-19, sendo que "a importância de uma boa higiene das mãos para salvar vidas nunca foi tão premente como agora".

"Enfermeiros e parteiras: a prestação de cuidados higiénicos está nas vossas mãos" é o lema das celebrações deste ano da data que celebra também o Ano Internacional do Enfermeiro e da Parteira.

"Isto porque a prevenção e o controlo das infeções, nomeadamente através da prática de higiene das mãos, desempenham um papel essencial em todos os contextos, sobretudo em unidades de cuidados de saúde onde garantem a prestação de cuidados de qualidade ao doente", afirma Matshidiso Moeti.

A OMS "está a colaborar com os países, o Programa Alimentar Mundial e outros parceiros para garantir que os profissionais de saúde têm acesso a todos materiais essenciais, incluindo equipamento de proteção individual", notou a diretora regional da Organização Mundial da Saúde para África.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 251 mil mortos e infetou quase 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um 1.1 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

O número de mortes provocadas pela covid-19 em África subiu para 1.843 nas últimas horas, com mais de 47 mil casos da doença registados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (413 e uma morte), seguindo-se a Guiné Equatorial (315 e uma morte), Cabo Verde (186 e duas mortes), São Tomé e Príncipe (174 casos e três mortos), Moçambique (80), e Angola (35 infetados e dois mortos).

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