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Moçambique diz que foram abatidos 129 "terroristas" em Cabo Delgado

O ministro do Interior de Moçambique, Amade Miquidade, disse hoje que as Forças de Defesa e Segurança abateram, em abril, um total de 129 "terroristas" na província de Cabo Delgado, norte do país.

Moçambique diz que foram abatidos 129 "terroristas" em Cabo Delgado
Notícias ao Minuto

21:25 - 28/04/20 por Lusa

Mundo Moçambique

"No dia 07 de abril foram abatidos 39 terroristas, numa tentativa de ataque a Muidumbe. Na madrugada de 10 de abril foram abatidos outros 59 como resultado de um ataque que protagonizaram na Ilha das Quirimbas. Na noite de 11 e 12 foram abatidos mais 30 insurgentes que tentavam atacar a Ilha do Ibo em quatro embarcações, disfarçados de pescadores", afirmou Amade Miquidade.

O governante, que falava após o Conselho de Ministros, em Maputo, acrescentou que um outro insurgente foi abatido no dia 13, após as autoridades intercetarem uma embarcação com material bélico e meios de comunicação.

Segundo o ministro, como resultado das incursões das Forças de Defesa e Segurança, os insurgentes retaliaram executando 52 jovens que se recusaram a juntar-se ao grupo, informação que já tinha sido avançada pela polícia moçambicana em 20 de abril.

"A situação em Cabo Delgado neste momento está sob controle: identificámos onde o inimigo se encontra e suas bases, enquanto as Forças de Defesa e Segurança estão estrategicamente preparadas para mais uma ofensiva", acrescentou o ministro do Interior.

Amade Miquidade demarcou-se também das acusações da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, que denunciou alegadas mortes de civis pelas Forças de Defesa e Segurança em 12 de abril em Cabo Delgado.

"As Forças de Defesa não condenam os pronunciamentos da Renamo, que está a tentar fazer um aproveitamento político da situação, e não vão tolerar estes atos de subversão", declarou o governante.

Cabo Delgado, região onde avançam megaprojetos de extração de gás natural, vê-se a abraços com ataques de grupos armados classificados como uma ameaça terrorista e que já mataram, pelo menos, 500 pessoas nos últimos dois anos e meio.

As autoridade moçambicanas contabilizam 162 mil afetados pela violência armada naquela província, 40 mil dos quais deslocados das zonas consideradas de risco, maioritariamente situadas mais para o norte da província, e que estão a receber assistência humanitária na cidade de Pemba, a capital provincial.

No final de março, as vilas de Mocímboa da Praia e Quissanga foram invadidas por um grupo, que destruiu várias infraestruturas e içou a sua bandeira num quartel das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique.

Na ocasião, num vídeo distribuído na Internet, um alegado militante 'jihadista' justificou os ataques de grupos armados no norte de Moçambique com o objetivo de impor uma lei islâmica na região.

Foi a primeira mensagem divulgada por autores dos ataques que ocorrem há dois anos e meio na província de Cabo Delgado, gravada numa das povoações que invadiram.

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