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Presidente da África do Sul anuncia extensão do confinamento

O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou hoje a extensão do confinamento obrigatório, por mais 14 dias, para conter a pandemia da covid-19.

Presidente da África do Sul anuncia extensão do confinamento
Notícias ao Minuto

22:08 - 09/04/20 por Lusa

Mundo Covid-19

"O 'lockdown' nacional será alargado por mais duas semanas [14 dias] (...). As medidas decretadas permanecem em vigor até ao final de abril", disse, numa comunicação ao país, Cyril Ramaphosa, chefe de Estado do país africano com mais casos de infeção pelo novo coronavírus.

O confinamento de 21 dias foi decretado em 23 de março e entrou em vigor às 00:00 de 26 de março até 16 de abril.

O Presidente da República da África do Sul havia declarado em 15 de março o estado de desastre nacional no país, perante a subida de casos de covid-19 no país.

As autoridades de saúde sul-africanas anunciaram o primeiro caso positivo de infeção pela covid-19, importado de Itália, em 05 de março no KwaZulu-Natal, litoral do país.

Ramaphosa referiu hoje que a decisão da África do Sul em instituir o confinamento de 21 dias foi "correta e oportuna" e "há provas suficientes para demonstrar que está a funcionar".

"Se levantarmos o confinamento muito cedo ou abruptamente, corremos o risco de um ressurgimento maciço e incontrolável da doença, arriscamos reverter os ganhos que obtivemos nas últimas semanas e anular os grandes sacrifícios que todos fizemos", afirmou.

Na comunicação ao país, o chefe de Estado sul-africano informou que a África do Sul regista cerca de 2 mil casos positivos de infeção pela covid-19, e que as medidas de contenção decretadas no âmbito do confinamento obrigatório diminuíram a média diária de infeção para 4%.

"Dos 1.170 casos confirmados em 27 de março, o número de casos confirmados hoje é de 1.934", precisou.

"Nas duas semanas antes do confinamento, o aumento médio diário de novos casos foi de cerca de 42%, e desde o início do confinamento o aumento médio diário é de cerca de 4%", declarou Ramaphosa.

O Presidente da República anunciou também um terço de corte salarial nos próximos três meses para os altos funcionários do Executivo como uma doação para um fundo de solidariedade, de ajuda ao combate da epidemia no país.

"Nas próximas semanas e meses devemos aumentar de forma massiva a extensão da nossa resposta e expandir o alcance das nossas intervenções", salientou.

"Estamos apenas no início de uma luta monumental que exige todos os nossos recursos e todos os nossos esforços", alertou Ramaphosa.

Nesse sentido, o chefe de Estado informou: "Nas próximas duas semanas, lançaremos o programa de triagem e testes das comunidades em todas as províncias, com foco especial nas comunidades altamente vulneráveis.", salientou.

O governante sul-africano anunciou também um pacote abrangente de medidas de apoio económico para ajudar empresas e indivíduos afetados pela pandemia, assim como um programa de maior apoio social para proteger famílias pobres e vulneráveis.

A comunicação ao país do chefe de Estado sul-africano ocorreu após uma reunião do Conselho Nacional de Comando, responsável pela estratégia de contenção do novo coronavírus no país, e de várias consultas com as forças políticas com representação parlamentar e vários parceiros sociais.

Na quarta-feira, a África do Sul registou cinco novas vítimas mortais devido ao novo coronavírus, elevando para 18 o número total de óbitos no país, anunciou o ministro da Saúde sul-africano, Zweli Mkhize.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil.

Dos casos de infeção, mais de 312 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O novo coronavírus provocou 572 mortos em África e há o registo de 11.400 casos em 52 países, enquanto 1.313 pessoas já recuperaram, de acordo com os mais recentes dados sobre a pandemia da covid-19 no continente.

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