De acordo com as estimativas de Londres, a economia britânica poderá beneficiar de um acordo com os EUA em 3,4 mil milhões de libras (3,9 mil milhões de euros), resultantes de um potencial aumento das trocas comerciais em 15,3 mil milhões de libras (17,6 mil milhões de euros).

Porém, a posição também estabelece que "qualquer acordo futuro deve proteger o NHS [serviço nacional de saúde britânico] e manter as normas elevadas de segurança alimentar e bem-estar animal".

Além de indústrias como a cerâmica, construção de automóveis, alimentar e de bebidas e de serviços profissionais, incluindo por arquitetos e advogados, o governo britânico espera que um acordo anglo-americano crie oportunidades no setor do comércio eletrónico.

A equipa britânica vai ser chefiada por Crawford Falconer, antigo diplomata neo-zelandês que representou o país na Organização Mundial do Comércio, e as rondas de negociação deverão realizar-se alternadamente no Reino Unido e nos EUA.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, está confiante que "este acordo comercial transatlântico vai refletir a proximidade única entre as duas grandes nações", enquanto a ministra para o Comércio Internacional, Liz Truss, promete "reduzir a burocracia para as pequenas empresas, reduzir tarifas para produtos, desde laticínios a automóveis".

O governo britânico iniciou hoje, na sequência da saída do Reino Unido da UE no final de janeiro, negociações com Bruxelas sobre as relações pós-Brexit, para tentar concluir um acordo até ao final do período de transição, que termina no final de dezembro.

Londres pretende publicar em breve os seus objetivos para as negociações com a Austrália, Japão e Nova Zelândia, outros países cujas relações económicas são consideradas prioritárias, com o objetivo de ter 80% do comércio externo total do Reino Unido coberto por acordos de livre comércio até 2022.

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