Países signatários de acordo nuclear reúnem-se esta semana em Viena
Os países signatários do acordo nuclear com o Irão vão reunir-se na quarta-feira, em Viena, para discutir o cumprimento por parte de Teerão do programa de não proliferação de armas, visando uma conciliação, foi hoje anunciado.
© Reuters
Mundo Irão
Em comunicado, o Serviço Europeu de Ação Externa anunciou que "uma reunião da Comissão Conjunta do Plano de Ação Conjunto Global [nome dado ao acordo nuclear iraniano] será realizada em Viena, a 26 de fevereiro".
A reunião será presidida pela secretária-geral do Serviço Europeu de Ação Externa, Helga Maria Schmid, em representação do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, e contará com a participação de "representantes da China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido e Irão", precisa a União Europeia (UE) no curto comunicado.
Em meados de janeiro passado, Josep Borrell anunciou uma reunião de conciliação, para fevereiro, entre as potências signatárias para tentar manter o acordo nuclear de 2015 assinado com Teerão.
"A comissão conjunta vai avaliar os progressos regularmente. A próxima reunião vai ter lugar em fevereiro", declarou o chefe da diplomacia europeia, num breve comunicado na altura, uma semana depois de França, Alemanha e Reino Unido terem acionado um mecanismo de resolução de disputas para forçar o Irão a cumprir os seus compromissos.
Segundo Borrell, "todos os participantes no Plano de Ação Conjunto Global [JCPOA] reafirmaram a sua determinação em preservar o acordo que é do interesse de todos" e, "apesar das diferenças quanto às modalidades, entendeu-se ser preciso mais tempo devido à complexidade das questões e, portanto, o calendário será prolongado".
O JCPOA é um acordo firmado a 14 de julho de 2015, em Viena, pelo Irão e pelos países com assento no Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido), mais a Alemanha, visando restringir a capacidade do Irão desenvolver armas nucleares.
Entre outras disposições, o acordo limita o número de centrifugadoras (utilizadas para enriquecer urânio) de que o Irão pode dispor a 6.104, contra 20.000 que tinha antes da aplicação do pacto.
O acordo permitiu, por isso, o levantamento de parte das sanções internacionais ao país em troca do compromisso de Teerão de que o seu programa nuclear tem fins pacíficos.
Porém, em maio de 2018, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a retirada do acordo, voltando a aplicar sanções ao Irão.
Depois disso, Teerão tem vindo a abandonar progressivamente compromissos que tinha assumido.
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