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Ex-embaixador espanhol garante que bens da mulher vêm de herança

O ex-embaixador de Espanha na Venezuela Raúl Morodo, sob investigação pelo alegado crime de lavagem de dinheiro da empresa petrolífera venezuelana PDVSA, garantiu hoje que os bens da sua mulher são herdados do pai sem ligação à Venezuela.

Ex-embaixador espanhol garante que bens da mulher vêm de herança
Notícias ao Minuto

16:35 - 21/02/20 por Lusa

Mundo Raúl Morodo

"O património da Sra. Cristina Caneque de Solá (...) vem da herança do seu pai, portanto, sem nenhuma relação com a Venezuela", asseguram Raúl Morodo (marido) e Alejo Morodo (filho) num comunicado enviado à agência Lusa em Madrid.

A Justiça espanhola está a investigar um caso de suspeita de corrupção com ramificações em vários países, entre os quais Portugal, tendo por base alegadas comissões de 4,5 milhões de euros que Raúl Morodo poderá ter recebido de forma irregular da petrolífera venezuelana PDVSA.

No comunicado para responder a "informações jornalísticas aparecidas nos últimos meses", Raúl e Alejo Morodo asseguram que as empresas 'Aequitas Abogados e Consultores Asociados' e 'Furnival', propriedade do segundo, mantêm uma "relação contratual" com a PDVSA, "prestando serviços de assessoria jurídica, consultoria e coordenação jurídica, de natureza técnica e internacional, respondendo à plena legalidade e reconhecimento".

O texto recorda em seguida que o ex-embaixador Raúl Morodo "desempenhou a relevante função confiada e reconhecida pelo Governo [espanhol] de "apoio e defesa dos interesses espanhóis e ajuda, dentro dos limites dessa função, ao diálogo político constitucional do país [Venezuela]".

Pai e filho também fazem questão de "esclarecer" que "não foram nem são associados" de cidadãos venezuelanos que também estão a ser investigados: Juan Carlos Márquez e Carlos Prada.

O Ministério Público Anticorrupção espanhol está a investigar o alegado pagamento de comissões por parte da PDVSA e o seu branqueamento através de uma rede complexa de empresas em vários países.

Segundo a imprensa espanhola, o juiz que está a investigar o caso emitiu cartas rogatórias para Portugal, Suíça e Panamá a solicitar informações bancárias de várias entidades para tentar perceber a movimentação dos bens da família Morodo.

O ex-dirigente socialista português António Vitorino apontado como podendo ter beneficiado deste esquema já manifestou que essa possibilidade é "totalmente infundada e difamatória" podendo vir a reagir "pelas vias judiciárias apropriadas".

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