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Falsas aplicações de encontros na origem de "7.734 ataques informáticos"

Em vésperas do dia de São Valentim, a empresa de segurança digital Kaspersky alertou para a utilização de cópias de aplicações de encontros, que foram responsáveis, em 2019, por 7.734 ataques informáticos em África.

Falsas aplicações de encontros na origem de "7.734 ataques informáticos"
Notícias ao Minuto

21:03 - 13/02/20 por Lusa

Mundo África

Num comunicado, a empresa russa assinalou "1.468 ameaças sob o disfarce de mais de 20 populares aplicações de encontros em África, com 7.734 ataques" que atingiram 2.548 utilizadores.

No documento, divulgado na quarta-feira, a Kaspersky indicou que os países mais afetados foram África do Sul, com 58% dos ataques informáticos, o Quénia, com 10%, e a Nigéria, com 4%.

"Aplicações de encontros populares que são utilizadas por todo o mundo, como Tinder, Bumble ou Zoosk, tornam-se regularmente um isco para espalhar 'malware' [programas maliciosos] ou recolher dados pessoais, para depois bombardear os utilizadores com anúncios não desejados ou mesmo utilizando o seu dinheiro em caras subscrições", refere a Kaspersky.

A empresa de segurança digital assinalou que estes ficheiros "não estão relacionados com as aplicações legítimas, uma vez que apenas usam o nome, e por vezes uma cópia do design autêntico de serviços de encontros".

De acordo com a Kaspersky, o Tinder é a aplicação mais falsificada, sendo usada em 493 casos - quase um terço dos detetados em África.

"Os perigos destes ficheiros maliciosos variam de ficheiro para ficheiro", diz a empresa russa, que explica que estes podem ser utilizados para atacar outros telemóveis - através do envio de mensagens de texto - ou para 'adware', programas que executam várias publicidades sem a permissão direta do utilizador.

A empresa de segurança recomenda aos utilizadores destas aplicações que "estejam atentos" e que "usem as versões legais destas aplicações, que estão disponíveis nas lojas oficiais de aplicações".

Um dos exemplos dado pela Kaspersky remete para uma aplicação que se parece com o Tinder mas que é um "cavalo de Troia" bancário que requer permissões de acessibilidade que permitem o roubo de informações sensíveis e de fundos.

"O amor é um daqueles tópicos que interessam a todas as pessoas e, claro, isso significa que os cibercriminosos também lá estão. Encontros 'online' tornaram a nossa vida mais fácil, mas revelaram novos riscos no caminho para o amor", referiu o chefe de investigação avançada de ameaças da Kaspersky, Vladimir Kuskov.

Para evitar riscos com o uso destas e outras aplicações, a empresa deixa uma lista de recomendações, incluindo verificar sempre as permissões das aplicações instaladas e da reputação dos portais que se utilizam, assim como aconselha os utilizadores para não instalarem aplicações de fontes não confiáveis, "mesmo que sejam fortemente publicitadas".

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