Já lá vão 15 anos desde que Dino Impagliazzo começou a servir comida a sem-abrigo. Conhecido como o “chef dos pobres”, três vezes por semana, juntamente com outros voluntários da associação que fundou, RomAmoR, faz rondas no mercado de comida para agregar contribuições do comércio local. É desta forma que consegue continuar a viver o sonho de ajudar os mais necessitados.

Tudo começou em 2005, quando um sem-abrigo lhe pediu dinheiro, junto à estação de Roma, para comprar uma sanduíche. “Percebi que, em vez de lhe comprar a sanduíche, podia ser eu a fazer algumas para ele e para os amigos. E assim começou esta aventura”, explicou, em declarações à Reuters.

Agora, os voluntários da RomAmoR – cerca de 300 - cozinham durante quatro dias da semana e servem a comida em vários locais, maioritariamente perto de estações ferroviárias.

“Tentamos juntar cada vez mais pessoas de forma a que Roma se torne uma cidade onde as pessoas aprendem a amar-se”, continuou, enquanto fazia a sopa. “É solidariedade”.

Aos sábados à noite, juntam-se fora do átrio da basílica de S.Pedro para alimentar os sem-abrigo que lá dormem. O mesmo local onde o Papa Francisco ordenou que fosse aberta uma clínica médica e balneários.

Impagliazzo, que chegou a trabalhar na segurança social italiana, iniciou este projeto juntamente com alguns ex-colegas reformados. Começaram por fazer apenas sanduíches, mas rapidamente passaram a confecionar refeições quentes. Primeiro em casa, depois num convento e agora numa cozinha completamente equipada.

O “Chef dos pobres” foi reconhecido como "o heróis dos nossos tempos" pelo presidente Sergio Mattarella.

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