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Exército de Damasco entra na cidade estratégica de Saraqeb

As forças do regime sírio entraram hoje em Saraqeb, uma cidade estratégica da província de Idlib (noroeste) onde conduzem uma ofensiva para retomar o último grande bastião controlado por 'jihadistas' e rebeldes na Síria, anunciou um observatório local.

Exército de Damasco entra na cidade estratégica de Saraqeb
Notícias ao Minuto

19:57 - 05/02/20 por Lusa

Mundo Síria

"As forças do regime entraram em Saraqeb, após a retirada de centenas de combatentes 'jihadistas' e de fações aliadas em direção ao norte da cidade", referiu Rami Abdel Rahmane, diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), citado pela agência noticiosa AFP.

"As forças do regime começaram a esquadrinhar os bairros de Saraqeb e estão em vias de controlar a estrada M5, de onde os 'jihadistas' retiraram em direção a uma pequena localidade a norte de Saraqeb", disse Abdel Rahmane.

Segundo a televisão estatal síria, "as unidades do exército árabe sírio cercaram a cidade de Saraqeb por três lados e vigiam a ligação da M4 com a estrada M5".

Na terça-feira à noite, um responsável militar sírio citado pela SANA afirmou que o exército daria aos seus adversários uma "última oportunidade" no setor de Saraqeb, sugerindo que depusessem as armas.

Saraqeb encontra-se na encruzilhada destas duas decisivas autoestradas que Damasco tenta recuperar para tentar revitalizar uma economia devastada por nove anos de guerra.

A rodovia M5 liga Alepo, a segunda maior cidade do país e o centro económico da Síria, à capital Damasco, enquanto a M4 une Alepo à cidade costeira de Lattaquié.

Há apenas uma semana, as forças sírias, apoiadas pelo aliado russo, reconquistaram a também cidade estratégica de Maaret al-Noomane, atravessada pela M5.

Mais de metade da província de Idlib e algumas zonas das províncias vizinhas de Alepo, Hama e Latákia são dominadas pelos 'jihadistas' do Hayat Tahrir al-Sham (HTS, ex-ramo sírio da Al-Qaida), abrigando também grupos rebeldes.

As Nações Unidas e várias organizações não-governamentais apelaram ao fim das hostilidades numa região com cerca de três milhões de pessoas, metade das quais já deslocada de outras zonas do país.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, cujo país apoia alguns rebeldes e destacou tropas para o noroeste sírio, fez hoje um ultimato ao regime sírio para que se retire dos arredores dos postos de observação turcos na província de Idlib.

"Dois dos nossos 12 postos de observação encontram-se atrás das linhas do regime. Esperamos que o regime se retire (...) antes do final do mês de fevereiro. Se o regime não se retirar, a Turquia será obrigada a encarregar-se disso", declarou Erdogan num discurso em Ancara.

O chefe de Estado turco disse ter transmitido esta mensagem num contacto telefónico na terça-feira com o seu homólogo russo, Vladimir Putin.

A frente de Idlib representa a última grande batalha estratégica para o regime, que controla mais de 70% do território do país, segundo o OSDH.

Desencadeada em 2011, a guerra na Síria já causou mais de 380.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados.

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