Presidente argentino inicia na quarta primeira viagem oficial à Europa
O Presidente argentino, Alberto Fernández, inicia na quarta-feira a sua primeira viagem europeia, de Paris a Berlim, passando pelo Vaticano, no contexto da renegociação da dívida pública da Argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e credores privados.
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Mundo Alberto Fernández
"Vamos ver na Europa, além de sua Santidade, os líderes ocidentais. Porque temos afinidades e estamos interessados em saber o que pensam do país e porque a Argentina está numa negociação complexa, fundamental para o seu futuro e todos têm assento no FMI", declarou o chefe da diplomacia argentino, Felipe Sola.
A primeira paragem será no Vaticano, onde Alberto Fernández será recebido pelo Papa Francisco, seu compatriota.
O chefe de Estado argentino deve convidá-lo a visitar o seu país, onde Francisco não regressou desde que foi designado chefe da Igreja Católica em março de 2013.
Alberto Fernández também se encontrará em Roma com o Presidente italiano, Sergio Mattarella e o primeiro-ministro, Giuseppe Conte.
A visita do Presidente da Argentina à Europa continuará na Alemanha, onde se encontrará com a chanceler Angela Merkel, a 03 de fevereiro, segunda-feira.
No dia seguinte, Fernández estará em Madrid para se reunir com o chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, e o rei Felipe VI.
O Presidente argentino será ainda recebido no dia 05, quarta-feira, em Paris pelo seu homólogo francês, Emmanuel Macron.
"A França é um grande investidor na Argentina. Empresas francesas estão a envolver-se na (exploração) do lítio" no norte da Argentina, indicou o líder argentino, recém-chegado de Israel, a sua primeira deslocação internacional, onde participou numa cerimónia que assinalou o 75.º aniversário da libertação do campo de concentração nazi de Auschwitz, símbolo do holocausto.
A deslocação à Europa "tem como objetivo principal melhorar a posição da Argentina na renegociação da dívida", explicou o economista argentino Rosendo Fraga.
A Argentina é o país mais endividado da América Latina, com uma dívida de cerca de 335 mil milhões de dólares (304 mil milhões de euros), ou 93% do PIB (Produto Interno Bruto), que inclui já 44 mil milhões (39 mil milhões de euros) já emprestados pelo FMI num acordo assinado em 2018 pelo Governo de centro-direita de Mauricio Macri.
O ministro da Economia, Martin Guzman, encontra-se atualmente nos Estados Unidos para negociar com o FMI.
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