De acordo com a comunicação social local, o ataque aconteceu pelas 10:00 locais (08:00 em Lisboa) e, além dos mortos, provocou vários desaparecidos, segundo afirmou um responsável da sociedade civil local, Patrick Musubao, ao portal Actualite.cd.
O ataque a Mayimoya, no território de Beni, levou a uma paralisação das atividades nesta localidade, sendo que vários habitantes abandonaram a área.
Este é o primeiro ataque mortífero associado ao grupo rebelde ugandês Forças Democráticas Aliadas (ADF) registado em Beni neste ano.
Na noite de terça-feira, o exército congolês repeliu um ataque de rebeldes na localidade de Kokola, perto de Mayimoya.
A sociedade civil de Beni pediu um reforço dos sistemas de inteligência para que se evite uma reorganização da ADF, diz a mesma fonte.
Beni tenta recuperar de um período em que foi alvo de vários ataques atribuídos às ADF e durante o qual morreram mais de 100 pessoas no espaço de um mês.
As ADF foram criadas como um movimento rebelde muçulmano ugandês e têm sede no leste da RDCongo, onde estão há cerca de 25 anos, conduzindo ataques a civis em áreas remotas e de difícil acesso para as forças de segurança.
Este grupo é acusado de matar, desde outubro de 2014, mais de mil civis na região de Beni.
Desde outubro que o exército congolês tem desenvolvido operações militares contra as ADF e outros grupos armados na região, o que provocou uma resposta por parte destas milícias.
A organização local Centro de Estudo para a Promoção da Paz, Democracia e Direitos Humanos (Cepadho) estima que esta resposta tenha provocado a morte de 221 pessoas.
A presença das ADF e os seus ataques em Beni levaram a uma onda de contestação contra a missão das Nações Unidas na RDCongo, a Monusco, com os congoleses a acusarem esta força de inação perante a atividade dos grupos armados.