UE e Rússia alinhadas na defesa de relançamento do processo político
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o chefe de Estado da Rússia, Vladimir Putin, mostraram-se hoje alinhados na defesa de um efetivo cessar-fogo na Líbia e do relançamento do processo político, esperando avançados na conferência que decorre domingo.
© Reuters
Mundo Líbia
Estas posições de Bruxelas e de Moscovo foram divulgadas em comunicado pelo Conselho Europeu após uma chamada telefónica entre os dois líderes, no qual se lê que Charles Michel e Vladimir Putin "esperam que todas as partes cheguem a um acordo para travar um cessar-fogo e relançar o processo político" na Líbia.
Destacando os "riscos regionais significativos" relativos à crise líbia, os dois líderes vincaram a "importância da cessação das hostilidades", com Charles Michel a vincar que a União Europeia (UE) "apoia plenamente as iniciativas das Nações Unidas e o processo de Berlim", que visa dar estabilidade política ao país.
A chamada foi feita a poucos dias da conferência internacional de paz para a Líbia, que se realiza no domingo em Berlim.
A conferência em Berlim acontece depois de negociações em Moscovo, sob a égide da Rússia e da Turquia, que culminaram num projeto de declaração de um cessar-fogo que deveria ter entrado em vigor no domingo passado.
A trégua deveria ter sido formalizada num acordo assinado em Moscovo pelas várias fações líbias, mas o marechal Khalifa Haftar, o homem forte do leste da Líbia, deixou a capital russa sem assinar o protocolo.
A diplomacia russa referiu que o homem forte do leste da Líbia, que tenta derrubar o governo instalado em Tripoli, necessitava de uns dias para analisar a proposta de acordo.
País imerso num caos político e securitário desde a queda do regime de Muammar Kadhafi em 2011, a Líbia vive um cenário ainda mais crítico desde o início da ofensiva militar das forças do marechal Khalifa Haftar, que avançou em abril de 2019 contra Tripoli, a sede do Governo de Acordo Nacional líbio estabelecido em 2015 e reconhecido pela ONU.
As tensões no Médio Oriente também foram abordadas na chamada telefónica entre Charles Michel e Vladimir Putin, de acordo com a nota de imprensa, que refere que, para o líder europeu, "é essencial entrar em contacto com todos os parceiros internacionais de forma a discutir formas de contenção no Irão e no Iraque".
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