Cessar-fogo na Líbia " é primeiro passo na direção certa"
A presidente da Comissão Europeia considerou hoje o cessar-fogo na Líbia entre o Governo de Acordo Nacional e as forças do denominado Exército Nacional Líbio um "primeiro passo na direção certa", mas apelou a um "governo de unidade".
© Reutres
Mundo Von der Leyen
"Este é um primeiro passo na direção certa, mas é preciso que haja um processo de reconciliação, de reconstrução e que leve à criação de um governo de unidade na Líbia", declarou Ursula Von der Leyen, no Luxemburgo.
Em conferência de imprensa após uma audiência com o primeiro-ministro luxemburguês, Xavier Bettel, a presidente do executivo comunitário insistiu que "é bom que haja um cessar-fogo", vincando ser "melhor do que o conflito existente".
"Tem havido muita diplomacia em curso, não só dos turcos e dos russos -- que apoiavam diferentes partes, mas também da UE, dos Estados-membros e da ONU [Organização das Nações Unidas]", realçou ainda.
As declarações foram feitas no mesmo dia em que o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia confirmou que o chefe do Exército Nacional da Líbia (ENL) do marechal Khalifa Haftar, homem forte do leste líbio, e o chefe do Governo de Trípoli reconhecido pela ONU, Fayed al-Sarraj, estão na capital russa para realizar reuniões e tentar encontrar uma saída para o conflito.
A Líbia mergulhou no caos após a guerra civil de 2011 que derrubou e matou o ditador Muammar Khadhafi.
O marechal Khalifa Haftar é apoiado pela Rússia e pelos principais países árabes, incluindo Egito, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.
Turquia, Itália e Catar apoiam o governo de Trípoli, que enfrentou uma ofensiva pelas forças de Haftar, que se aproximaram da capital.
As negociações acontecem após uma trégua proposta pela Rússia e pela Turquia, que começou no domingo e é o primeiro intervalo nos combates em meses, apesar de indicações de que houve algumas violações de ambos os lados.
Os dois líderes e rivais líbios são esperados hoje na capital russa para realizar reuniões e tentar encontrar uma saída para o conflito, segundo uma informação dada pelo o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.
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