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EUA diz que "o regime matou mais de mil iranianos" em novembro

As forças de segurança iranianas poderão ter morto mais de 1.000 iranianos na repressão à contestação desencadeada em meados de novembro, considerou hoje o enviado dos Estados Unidos para o Irão, Brian Hook.

EUA diz que "o regime matou mais de mil iranianos" em novembro
Notícias ao Minuto

18:41 - 05/12/19 por Lusa

Mundo Irão

"Sabemos de certeza que houve centenas e centenas" de mortos, disse durante uma conferência de imprensa em Washington. "Parece que o regime poderá ter morto mais de 1.000 cidadãos iranianos desde o início da contestação", acrescentou, apesar de reconhecer que o balanço preciso "não é certo porque o regime bloqueia a informação".

"Milhares e milhares de iranianos foram feridos. E pelo menos 7.000 manifestantes detidos", disse ainda o enviado.

Na segunda-feira, a Amnistia Internacional (AI) tinha-se referido a pelo menos "208 pessoas" mortas na repressão do movimento de contestação, ao rever em alta um anterior balanço de 143 mortes divulgado na semana passada, mas um número muito inferior ao agora anunciado pelos norte-americanos.

O "balanço real" desta repressão "é possivelmente superior a 208 mortos", acrescentou em comunicado a organização não-governamental (ONG) com sede em Londres, ao referir que o novo cálculo se baseava em "informações credíveis" obtidas pelas suas fontes.

As manifestações, iniciadas em 15 de novembro após o anúncio do aumento do preço dos combustíveis, alastraram rapidamente a pelo menos 40 cidades e localidades, sendo acompanhadas por incêndios ou ataques a estações de serviço, esquadras da polícia, centros comerciais ou edifícios públicos, segundo os 'media' iranianos.

As autoridades iranianas, que consideraram os protestos inseridos numa "conspiração" congeminada no estrangeiro, tinham reagido ao anterior balanço da AI, definido como "exagerado".

O chefe da diplomacia dos EUA, Mike Pompeo, tinha pedido aos iranianos para partilharem com o Governo norte-americano vídeos, fotos e testemunhos da repressão.

Segundo Brian Hook, o departamento de Estado recebeu 32.000 mensagens até ao momento, O balanço de mais de 1.000 mortos baseia-se nestas mensagens e na recolha de informações e de relatórios de organizações internacionais, precisou.

"Com as recentes manifestações assistimos à pior crise política com a qual se confronta o regime desde há 40 anos", quando ocorreu a revolução iraniana que fundou a República Islâmica, assegurou o enviado dos EUA.

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