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Dezenas de milhares de "sardinhas" em Florença contra a extrema-direita

Dezenas de milhares de "sardinhas", membros de um movimento cívico fundado em Bolonha em 14 de novembro, manifestaram-se hoje em Florença (centro-norte de Itália) contra a extrema-direita e as ideias soberanistas de Matteo Salvini.

Dezenas de milhares de "sardinhas" em Florença contra a extrema-direita
Notícias ao Minuto

23:21 - 30/11/19 por Lusa

Mundo Itália

"Somos 40.000, mais que em Bolonha", congratularam-se os organizadores deste movimento fundado por quatro jovens cuja identidade ainda é desconhecida, e quando essa primeira concentração juntou 15.000 pessoas.

Na praça da República da capital da Toscana não eram visíveis cartazes de partidos num movimento que se reclama "apolítico", e algumas faixas apenas referiam "Cada sardinha tem o direito de existir". No início do protesto, os manifestantes entoaram, no entanto, o canto dos 'partisans' anti-fascistas italiano "Bella Ciao".

O movimento, com origem em Bolonha, foi desencadeado como reação à inesperada vitória no final de outubro da candidata da Liga (extrema-direita, o partido de Matteo Salvini), na região da Úmbria, controlada pela esquerda há mais de 50 anos.

Desde então, o ex-ministro do Interior Matteo Salvini iniciou uma campanha para a conquista da rica região de Emília-Romanha (norte), outro bastião da esquerda, nas eleições regionais previstas para 26 de janeiro.

Após renunciar à sua aliança com o Movimento 5 Estrelas (M5S, definido como antissistema) no início de agosto e de ter deixado o governo, Salvini diz pretender conquistar, uma a uma, as regiões italianas para provocar a queda da nova coligação no poder entre o M5S e o Partido Democrata (centro-esquerda) e garantir legislativas antecipadas.

A Toscana, outro tradicional bastião da esquerda, vota após Emília-Romanha, na primavera de 2020, e quando a Liga se tem reforçado nas regiões do centro e norte de Itália.

Na sua página do Facebook, o "Arquipélago das sardinhas" explica pretender reunir todos os que se opõem às discriminações, à exclusão e às ideias soberanistas e populistas.

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