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Pelo menos quatro mortos em protestos contra missão das ONU na RDCongo

Pelo menos quatro manifestantes morreram hoje no leste da República Democrática do Congo (RDCongo), durante protestos contra a missão das Nações Unidas no país, de acordo com fontes citadas por agências internacionais.

Pelo menos quatro mortos em protestos contra missão das ONU na RDCongo
Notícias ao Minuto

21:40 - 25/11/19 por Lusa

Mundo ONU

"Houve quatro mortes durante o dia", afirmou o procurador militar, o coronel Kumbu Ngoma, citado pela agência France-Presse, fornecendo um balanço das manifestações que assolam a cidade de Beni, no leste da RDCongo.

O militar acrescentou ter recebido informação de uma outra morte, mas que ainda não pôde confirmar.

"Há dez feridos, todos civis, mais três soldados das FARDC (Forças Armadas da RDCongo)", apontou o responsável.

Kumbu Ngoma acrescentou que não é possível saber, de momento, quem disparou os tiros, mas que "investigações" irão determinar a sua origem.

Um correspondente da AFP relata ter ouvido tiros intensos durante a maior parte do dia, numa manifestação junto a um escritório da ONU que foi alvo da ira dos manifestantes.

À mesma agência noticiosa, a missão das Nações Unidas na RDCongo, a MONUSCO, disse que os seus membros dispararam "tiros de advertência para o ar" e que "nenhum deles foi dirigido aos manifestantes".

Em protesto contra o que reclamam ser "inação" dos capacetes azuis, os manifestantes criticam a falta de resposta aos ataques do grupo armado ugandês Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla inglesa), que desde 2014 matou centenas de pessoas na região.

As ADF são responsabilizadas pela morte de mais de 70 civis desde o início do mês.

Durante o dia de hoje, a Presidência da RDCongo anunciou a realização de operações militares "conjuntas" com a MONUSCO em Beni.

Também esta segunda-feira, um escritório da ONU em Beni foi saqueado e parcialmente incendiado por manifestantes, que também atearam fogo à sede do município.

Para os peritos, as movimentações das ADF são uma represália face às operações anunciadas pelas chefias militares contra as bases do grupo armado, em 30 de outubro.

O mandato da MONUSCO deverá ser renovado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas até ao final do ano.

A MONUSCO é uma das missões mais caras da ONU, com um orçamento de cerca de mil milhões de euros.

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