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Maduro responde a advertência de Donald Trump

O Presidente venezuelano assegurou que continuará a lutar pela paz no seu país, depois de o homólogo norte-americano ter afirmado que a renúncia do Presidente da Bolívia é "um sinal para os regimes ilegítimos da Venezuela e Nicarágua".

Maduro responde a advertência de Donald Trump
Notícias ao Minuto

06:50 - 12/11/19 por Lusa

Mundo Venezuela

"Este golpe de Estado, esta emboscada [na Bolívia] foi organizada pelo imperialismo norte-americano (...) e agora querem vir contra a Venezuela e a Nicarágua. Venham, pois, aqui o povo está pronto para lutar", disse Nicolás Maduro, em resposta a Donald Trump.

O mandatário reiterou o apelo à população para saír à rua em protesto contra o "fascismo" e para manifestar apoiar a Evo Morales, que já anunciou estar de partida para o México, país que lhe concedeu asilo político.

Por outro lado, Nicolás Maduro questionou a atuação da Organização de Estados Americanos (OEA) nas eleições bolivianas.

"A OEA não diz uma palavra sobre irregularidades, mas apunhala Evo Morales pelas costas. A comissão enviada por Almagro (Luís, secretário-geral da OEA) foi completar o plano de não reconhecimento das eleições e meter uma punhalada para acelerar a violência. Estou seguro de que Evo (Morales) voltará", disse.

Neste sentido, insistiu que a Venezuela continuará a apoiar o ex-Presidente da Bolívia, que, afirmou, foi "vítima de um golpe de Estado financiado, organizado e dirigido desde Washington".

"Esse golpe foi dirigido desde a Casa Branca (...) tal como foi aquele que deram a Rafael Correa, no Equador", frisou.

"Este ano, o imperialismo decidiu um plano de guerra total contra a Venezuela. Queriam colonizar o nosso país e não conseguiram, ficaram com a vontade. A Venezuela está decidida a ser livre, soberana, independente e a construir o seu próprio modelo político, económico e social, sem interferências do imperialismo norte-americano", acrescentou.

Maduro disse ainda que se reuniu em privado com o alto comando militar venezuelano para "ratificar o conceito Estratégico Operacional e de Defesa Integral da nação", sublinhando que saiu do encontro "fortalecido pela moral combativa dos militares venezuelanos".

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu, na segunda-feira, os chefes de Estado da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Nicarágua, Daniel Ortega, que a demissão do homólogo da Bolívia, Evo Morales, é um sinal para eles.

"Estes acontecimentos lançam um forte sinal aos regimes ilegítimos na Venezuela e na Nicarágua de que a democracia e a vontade do povo sempre prevalecem", é referido num comunicado de Donald Trump.

No domingo, o Presidente da República da Bolívia renunciou ao cargo, após quase 14 anos no poder, numa declaração transmitida pela televisão do país.

"Estou a renunciar para que os meus irmãos não sejam ameaçados. Lamento muito este golpe civil", afirmou.

Evo Morales, de 60 anos, demitiu-se depois de os chefes das Forças Armadas e da polícia da Bolívia terem exigido que abandonasse o cargo para que a estabilidade e a paz possam regressar ao país.

Numa curta declaração ao país, o socialista Evo Morales explicou que a renúncia acontece por culpa de Carlos Mesa, ex-Presidente da Bolívia, e de Luis Fernando Camacho, presidente do Comité Cívico de Santa Cruz.

A Bolívia atravessa uma crise social e política desde o dia seguinte às eleições de 20 de outubro.

Antes do anúncio de que renunciava ao cargo de Presidente, Evo Morales tinha convocado novas eleições após a OEA ter recomendado a repetição do ato eleitoral por suspeitas de irregularidades.

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