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Erdogan reitera na Hungria ameaça de "abrir as portas" aos migrantes

O Presidente turco, que está em visita à Hungria, reiterou hoje a ameaça de "abrir as portas" da Europa aos refugiados sírios atualmente instalados na Turquia, exortando a comunidade internacional a apoiar o plano de repatriamento proposto por Ancara.

Erdogan reitera na Hungria ameaça de "abrir as portas" aos migrantes
Notícias ao Minuto

17:26 - 07/11/19 por Lusa

Mundo Erdogan

"Com ou sem apoio, vamos continuar a receber (...), mas até certo ponto (...). Se constatarmos que não está a funcionar, não teremos outra escolha a não ser abrir as portas" para a Europa, declarou Recep Tayyip Erdogan, durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, em Budapeste.

A Turquia acolhe atualmente mais de quatro milhões de refugiados, incluindo cerca de 3,6 milhões de sírios que fugiram do conflito que afeta a Síria desde 2011.

"É possível que muitos deles migrem para a Europa", insistiu Erdogan.

A Turquia é um importante país de trânsito para os migrantes e refugiados que tentam alcançar a Europa.

Mas, nos últimos anos, o fluxo migratório tem vindo a descrever, devido a um acordo assinado em 2016 entre a União Europeia (UE) e Ancara que visava travar e controlar a circulação em massa de pessoas para o território europeu (em particular entre as costas turcas e as ilhas gregas).

Nas últimas semanas, Erdogan tem insistido várias vezes na ameaça de "abrir as portas" aos migrantes que estão no território turco, numa tentativa de instar os países europeus a apoiarem o repatriamento de sírios para uma futura "zona de segurança" na Síria.

A Turquia lançou, a 09 de outubro, uma ofensiva no nordeste da Síria contra a milícia curda Unidades de Proteção Popular (YPG), aliada dos ocidentais no combate aos 'jihadistas' do grupo Estado Islâmico, mas considerada terrorista por Ancara.

O objetivo da ofensiva turca foi criar uma "zona de segurança" de 32 quilómetros de extensão ao longo da fronteira entre a Turquia e Síria para manter as YPG à distância e repatriar uma parte dos 3,6 milhões de refugiados sírios que atualmente vivem no território turco.

"A 'zona de segurança' que queremos criar pretende garantir aos sírios que estão no nosso país regressarem às suas casas, nas suas terras", disse Erdogan.

Em termos concretos, o Presidente turco quer que a comunidade internacional ajude a financiar a construção de uma ou mais novas cidades na região síria onde Ancara lançou a ofensiva militar.

Erdogan disse que falou dos seus planos com o secretário-geral da ONU, António Guterres, que esteve recentemente na Turquia, e que propôs a realização de uma cimeira para a angariação de fundos.

Segundo o chefe de Estado turco, o representante da ONU mostrou disponibilidade para trabalhar com Ancara nesta matéria.

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