Na manhã de hoje, "cinco corpos crivados de balas" foram "descobertos em Beybay, aldeia situada a dez quilómetros de Dori, capital da província de Séno, numa estrada com ligação a Ouagadougou [capital]", afirmou uma fonte das forças de segurança, citada pela agência France-Presse.
"Os corpos foram descobertos por moradores que [relataram] tiros ouvidos no dia anterior, por volta das 20:00 [mesma hora em Lisboa]", afirmou a mesma fonte.
"Devido ao recolher obrigatório, os habitantes já estavam nas suas casas", acrescentou.
Um recolher obrigatório, determinado por uma indicação sonora, foi introduzido em todas as províncias do norte do Burkina Faso, regiões em que também vigora uma restrição à circulação de veículos motorizados.
Segundo um comunicado da polícia nacional, "durante a noite de 27 para 28 de outubro, foi atacada a esquadra de Karentenga", na província de Bam.
"Durante a resposta dos elementos [da polícia], um deles, o sargento Ouedraogo Abdoulaye, foi atingido mortalmente", refere a mesma nota.
Numa outra declaração, o diretor-geral da Polícia do Burkina Faso instou a população a "trabalhar em conjunto para uma luta eficaz e sustentada contra o terrorismo.
No domingo, 15 civis foram mortos em Pobé-Mengao, na província de Soum, por grupos armados, levando a uma fuga de habitantes para a capital provincial Djibo, a cerca de 25 quilómetros de distância.
O Burkina Faso, um país de baixo rendimento na África Ocidental, caiu numa espiral de violência nos últimos quatro anos e meio, atribuída a grupos armados 'jihadistas', alguns ligados à Al-Qaida e outros ao grupo terrorista Estado Islâmico.