"Vamos assinar um compromisso, de parte da UE, para doar 10 milhões de euros, através do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para apoiar a integração da população migratória em cinco municípios, com habitações, integração económica, empreendimento e educação", disse Jolita Butkeviciene.

A responsável falava durante uma conferência de imprensa, em Bogotá, durante um ato promovido pela União Europeia sobre iniciativas para a paz, na qual participou também a embaixadora da UE na Colômbia, Patrícia Llombart, e o conselheiro presidencial para a Estabilização e Consolidação, Emílio Archila.

O projeto de "Modelo Integrado de Assistência ao Migrante (MIAM)" administrará os serviços sociais e oportunidades económicas, nas cidades colombianas de Barranquilla, Riohacha, Maicao, Cúcuta e Medellín e será desenvolvido em conjunto com o Fundo Coreano para Reduzir a Pobreza.

Por outro lado, vão ser criadas escolas para formação para o trabalho, que atenderão 1.500 migrantes, metade deles originários da Venezuela.

Dados divulgados recentemente pela Migração Colômbia, dão conta que 1,5 milhões de venezuelanos estão radicados em território colombiano.

A capital do país, Bogotá, é a cidade com mais imigrantes venezuelanos registados 357 mil, seguindo-se Cúcuta com 93.461. Em Barranquilla vivem 86.918, em Medellín 86.301 e em Cali 55.884.

Em Maicao e Riohacha, fronteiriças com a Venezuela, estão radicados 44.251 e 42.278 venezuelanos, respetivamente.

Para a próxima semana está previsto, segundo a embaixadora da União Europeia na Colômbia, uma conferência de solidariedade para com os migrantes e refugiados venezuelanos na América Latina.

O evento é organizado em conjunto com a Agência da ONU para os Refugiados e a Organização Internacional para as Migrações, e está prevista a participação de mais de 200 convidados.

Com a doação anunciada esta quinta-feira, ascende a 95 milhões de euros os apoios da EU a países da América Latina para ajudarem na resposta à crise migratória venezuelana.

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