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Instituições aproveitam Sínodo para denunciar violência e racismo

Representantes de instituições da Amazónia, que assistem em Roma ao Sínodo da igreja católica sobre esta região, denunciaram hoje atos de violência e racismo contra os povos indígenas cometidos nos últimos dias.

Instituições aproveitam Sínodo para denunciar violência e racismo
Notícias ao Minuto

08:59 - 22/10/19 por Lusa

Mundo Amazónia

Representantes de instituições da Amazónia, que assistem em Roma ao Sínodo da igreja católica sobre esta região, denunciaram hoje atos de violência e racismo contra os povos indígenas cometidos nos últimos dias.

"Lamentamos profundamente e, ao mesmo tempo, denunciamos que nos últimos dias fomos vítimas de atos de violência que refletem intolerância religiosa, racismo e atitudes vexatórias que afetam principalmente os povos indígenas", explicam, em comunicado.

A denúncia surge depois de, na segunda-feira, ter sido roubada e atirada ao rio Tibre esculturas representativas da Mãe Terra que estavam expostas numa igreja próximo do Vaticano.

As esculturas de madeira, que representam uma mulher grávida e nua, foram criticadas por católicos ultraconservadores, considerando que fazem parte do culto de Pachamama e, por isso, são um símbolo pagão.

As figuras chegaram a Roma no âmbito da iniciativa "Amazónia: Casa Comum", que reúne mais de 30 instituições católicas de vários países da América e da Europa "para acompanhar espiritualmente o Sínodo, compartilhar realidades e tornar visível a experiência da ecologia integral, inserida nas aldeias e nos habitantes da região".

"Advertimos que esses atos podem ser repetidos ou subir de tom", alertaram os representantes na declaração, acrescentando: "a nossa presença e iniciativas sempre foram pacíficas, sempre numa atitude de oração e exigindo a ação do espírito nesse processo sinodal".

"Não vamos responder a essas atitudes de violência e na fidelidade evangélica reconhecemos e respeitamos a diversidade em outras expressões do encontro com Cristo", disseram.

A nota termina com um apelo para manter "o compromisso e a esperança pela defesa da vida e da Amazónia".

O prefeito da Secretaria de Comunicação, Paolo Ruffini, disse que entrar numa igreja e "roubar uma escultura" é "um gesto que vale por si" e descreveu-o como uma "intimidação", que "não facilita o espírito de diálogo".

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