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"Tentou matar-nos". Filha adotiva era afinal 'sociopata' de 22 anos

O casal foi acusado de abandono após se mudar para o Canadá sem a filha.

"Tentou matar-nos". Filha adotiva era afinal 'sociopata' de 22 anos
Notícias ao Minuto

09:22 - 27/09/19 por Notícias Ao Minuto

Mundo EUA

Parece uma história de terror, mas é verdadeira. Um casal norte-americano foi acusado de abandonar a filha menor, de nove anos, no Estado do Indiana e de fugir para o Canadá. Mas Kristine Barnett e Michael Barnett, em entrevista ao Daily Mail, negam as alegações, dando conta de terem sido vítimas de uma fraude e revelando que a criança que adotaram é na realidade um adulta com nanismo que os tentou matar.

Em maio de 2010 o par concordou com uma adoção de emergência da menina de nacionalidade ucrâniana Natalia Grace, que vivia na Florida, e foi-lhes dito que a criança tinha na altura seis anos.

No espaço de um ano, Kristin alega que Natalia a tentou empurrar contra uma cerca elétrica, deitou lixívia no seu café e ameaçou o casal de que os mataria enquanto dormiam. "Tivemos de esconder os objetos afiados", explicou Kristine ao Daily Mail.

"Natalia era uma mulher. Menstruava, tinha dentes de adulto, nunca cresceu um único centímetro, como aconteceria a alguém com nanismo", continuou, acrescentando que a primeira vez que deu banho à filha ficou chocada ao perceber que esta tinha "pelos púbicos completos". 

Pedindo ajuda a um médico amigo, a mulher pediu que fossem feitos testes de densidade óssea para perceber qual a verdadeira idade de Natalia. Os resultados sugeriram que a menina tinha pelo menos 14 anos ou mais, então trocou-lhe os vestidos de princesa por roupa mais apropriada, conta.

Mas à medida que surgiam questões sobre a sua verdadeira idade, o comportamento de Natalia começava a deteriorar-se. Em 2011, começou a esfregar fluidos corporais nas paredes, fazia ameaças de morte e ouvia vozes.

Então passou o ano seguinte a ser seguida por médicos psiquiatras. Mais tarde, médicos especialistas em saúde mental analisaram Natalia e esta terá confessado ser muito mais velha do que aparentava. Em janeiro de 2012 uma terapeuta escreveu no relatório a que o jornal teve acesso que tinha 18 anos. Numa carta datada de março de 2012, um outro médico refere que a certidão de nascimento estava claramente errada e que Natalia tinha feito carreira a fingir ser uma menina. 

Foi também em 2012 que as autoridades começaram a levantar questões. Numa carta dirigida à família dão conta de estar a investigar se ocorreu alguma fraude de imigração antes de Natalia ser entregue ao casal. Mas acabaram por não dar seguimento ao caso.

Depois disso, em junho do mesmo ano, a família deu entrada em tribunal com um pedido para que a idade de Natalia fosse corrigida e esta pudesse ter o tratamento psiquiátrico adequado. O pedido foi aceite e a data passou para 4 de setembro de 1989, mudando a idade de quatro para 22 anos.

Ou seja, neste momento a jovem era considerada independente e legalmente responsável por si própria. Mas Kristine e Michael arrendaram-lhe um apartamento, ajudaram-na a conseguir um número de segurança social, com documentos para poder receber ajuda social e benefícios. Quando foi expulsa do apartamento por causar problemas, intervieram novamente e arrendaram-lhe uma nova casa.

Kristine e Michael mudaram-se então para o Canadá com o filho mais velho e deixaram Natalia no apartamento em Lafayette, no Indiana, em 2013. Mas foi então que a jovem desapareceu sem deixar rasto.

No entanto, o departamento do Xerife tem uma versão diferente dos acontecimentos. A 11 de setembro deste ano foram notificados de que tinham sido feitos testes de densidade óssea à jovem em junho de 2010 que concluíam que esta tinha oito anos e que o departamento do Xerife alegava que Natalia era uma criança quando a abandonaram em 2013.

Foi emitido um mandado de captura e ambos se entregaram às autoridades, tendo sido mais tarde soltos mediante fiança para aguardar o julgamento em liberdade. O paradeiro de Natália é até agora desconhecido.

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