Ativista que pediu demissão de Xi Jinping morre sob custódia da polícia
O ativista chinês Wang Meiyu, preso após ter apelado publicamente à demissão do Presidente chinês e à realização de eleições livres, morreu sob custódia da polícia, denunciou hoje o irmão, citado pela agência EFE.
© Reuters
Mundo Wang Meiyu
Wang Meilin revelou que o irmão foi hospitalizado no domingo e que a família foi hoje notificada pelas autoridades da sua morte.
Wang Meiyu estava detido desde o início de julho na prisão de Hengyang, na sua cidade natal, no centro da China.
A família não sabe exatamente quando Wang morreu ou a causa da morte, embora o seu irmão tenha dito que está "relacionada com o governo local".
Durante o verão e outono de 2018, Wang Meiyu protestou sozinho nas cidades de Hengyang e Changsha, no centro do país, com uma faixa onde se lia: "Forte apelo à renúncia imediata de Xi Jinping (Presidente da China] e Li Keqiang [o primeiro-ministro chinês] e realização de eleições nacionais".
Após os protestos, agentes das forças de segurança chinesas ameaçaram-no por várias vezes, até que acabou por ser preso, em 8 de julho.
Wang era casado e tinha um filho e uma filha.
A lei chinesa permite que qualquer suspeito seja detido por um período de até seis meses, antes que seja apresentada uma queixa formal.
Sob a presidência de Xi Jinping, que ascendeu ao poder em 2013, uma campanha contra dissidentes resultou já na detenção de 250 advogados ou ativistas dos direitos humanos.
Dezenas foram condenados a pesadas penas de prisão por "subversão do poder do Estado".
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