Estados Unidos e talibãs prestes a fechar acordo em Doha
Os Estados Unidos e o os talibãs estão prestes a fechar um acordo para tentar acabar com o conflito que se arrasta há 18 anos no Afeganistão, disse hoje o enviado norte-americano, após a última ronda negocial em Doha.
© Reuters
Mundo Tropas
"Estamos no limiar de um acordo que reduzirá a violência e abrirá a porta para que os afegãos se possam sentar juntos a negociar uma paz honrosa e sustentável num Afeganistão unido e soberano que não ameace os EUA, os seus aliados ou qualquer outro país", escreveu Zalmay Khalilzad, na rede social Twitter.
O anúncio do enviado dos Estados Unidos para o processo de paz no Afeganistão acontece no final da nona ronda de negociações entre representantes dos EUA e dos talibãs no Qatar.
O porta-voz do talibãs em Doha, Suhail Shaheen, também já tinha indicado no sábado que o acordo estava "quase fechado".
Entre 13.000 e 14.000 soldados norte-americanos permanecem no Afeganistão, onde os Estados Unidos intervieram em 2001 para desmantelar a Al-Qaida, responsável pelos ataques de 11 de setembro.
O número de militares norte-americanos atingiu os 98.000, no auge da luta, em 2011.
Na quinta-feira, Trump anunciou que se o acordo for alcançado, os EUA reduzirão para 8.600 o número de soldados no Afeganistão, numa fase inicial, mas não deu detalhes da "presença" que quer manter a longo prazo.
No centro do acordo está uma retirada significativa das tropas norte-americanas do Afeganistão e a garantia, por parte dos talibãs, de que aquele país não voltará a acolher militantes que se dediquem a planear ataques terroristas noutras partes do mundo.
O anúncio de um iminente acordo acontece um dia depois de quase 30 pessoas morreram na sequência do ataque talibã à cidade Kunduz, no norte do Afeganistão.
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