Austrália e NATO renovam cooperação e avaliam pedido de ajuda dos EUA
A Austrália e a NATO assinaram hoje um novo acordo para fortalecer a cooperação numa altura em que o país avalia o pedido dos Estados Unidos de envio de navios e aviões para o Estreito de Ormuz.
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Mundo Acordo
O acordo, assinado em Sidney pelo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, e pela ministra australiana da Defesa, Linda Reynolds, renova o relacionamento daquele país com a Aliança Atlântica para desenvolver novas capacidades e melhorar o intercâmbio de informações.
"Quanto mais imprevisível e exigente é o ambiente de segurança, mais importante é que permaneçamos juntos, trabalhemos juntos e protejamos juntos a ordem mundial com base na lei", afirmou Stoltenberg aos jornalistas no final de quatro dias de visita à Oceânia.
"Estamos a estudar novas áreas para trabalharmos juntos na região do Índico e do Pacífico", acrescentou Linda Reynolds.
O secretário-geral da NATO disse que o acordo, que é renovado a cada dois anos, estabelece o quadro geral de cooperação que permite atividades conjuntas em questões como a cibersegurança ou a segurança marítima.
A Austrália contribuiu para as missões da NATO no Afeganistão com cerca de 300 soldados e para o programa de treino de pessoal militar no Iraque.
O acordo coincide com o pedido dos Estados Unidos de envio de navios e aviões para o Estreito de Ormuz, onde, há duas semanas, o Irão arrestou um petroleiro com bandeira britânica.
Stoltenberg assegurou que a NATO está "extremamente preocupada" com a situação do Estreito de Ormuz e as atividades do Irão na região, incluindo o seu programa de mísseis, e reiterou a determinação dos membros da aliança para impedir que Teerão desenvolva armas nucleares.
A ministra australiana garantiu, por seu lado, que Camberra está a avaliar o pedido dos Estados Unidos e que a decisão será tomada com base no interesse e soberania nacional.
"Isto afeta claramente a nossa soberania porque 15 a 20% do nosso petróleo passa pelo Estreito de Ormuz. Mas não vamos tomar uma decisão precipitada", disse.
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