Colômbia emite mandados de captura contra dez membros da guerrilha do ELN
As autoridades colombianas ordenaram a captura de dez líderes da guerrilha do ELN, incluindo cinco membros do Comando Central (COCE) por 46 ações violentas cometidas na região de Catatumbo, fronteiriça com a Venezuela, anunciou hoje a procuradoria.
© Reuters
Mundo Colômbia
O procurador-geral encarregado, Fabio Espitia, referiu aos 'media' que os ataques armados ocorreram desde março de 2018 e foram planeados pelos dirigentes máximos do Exército de Libertação Nacional (ELN).
"Foram emitidas ordens judiciais pelos delitos de homicídio, deslocamento forçado e rebelião agravada", disse.
Segundo Espitia, a maioria dos 46 casos investigados está relacionada com confrontos entre o ELN e um reduto do Exército Popular de Libertação (EPL), considerado pelo Governo como um grupo ex-guerrilheiro envolvido no narcotráfico. O Catatumbo é uma das regiões da Colômbia com mais plantações de coca.
Estes confrontos, com o objetivo de assumir o controlo de diversos territórios, "provocaram a morte de civis e afetam a tranquilidade das populações de Catatumbo".
Entre os membros do ELN alvos de mandados de captura encontram-se Nicolás Rodríguez Bautista ("Gabino") e Eliecer Herlinto Chamorro ("Antonio Garcia"), que integram o Comando Central desta guerrilha de esquerda.
O ELN iniciou negociações de paz com o anterior governo colombiano em fevereiro de 2017, em Quito, e que em maio foram transferidas para Havana onde a última ronda de diálogo foi concluída em agosto sem avanços significativos.
As conversações estão bloqueadas desde o atentado de 17 de janeiro com carro armadilhado contra uma Escola de Oficiais de Polícia em Bogotá, que provocou a morte de 22 cadetes e 66 feridos, reivindicado por esta organização de guerrilha.
O Presidente da Colômbia, Ivan Duque condicionou o prosseguimento das conservações à libertação das pessoas sequestradas pelo ELN, enquanto a guerrilha exigia previamente o fim das operações militares, das execuções extrajudiciais e um cessar-fogo efetivo.
Numa situação de impasse, o chefe de Estado definiu como um "golpe de alta precisão" a captura anunciada na noite de quinta-feira em Medellí (noroeste) de Edgar Humberto Restrepo ("Mono Clinton"), que liderava a Frente de Guerra Urbana do ELN.
"É um golpe contundente, um golpe nas estruturas do ELN e que compromete muitos dos planos que desde há vários meses pretendiam executar em diversas cidades. Este golpe fortalece ainda mais a nossa agenda de segurança", afirmou.
Duque sublinhou que as autoridades vão "continuar a combater" todas as estruturas da guerrilha e assinalou que o Governo não permitirá que "apelem ao terrorismo para intimidar o povo colombiano".
O chefe de Estado sustentou que "Mono Clinton" é o responsável pelo atentado em janeiro de 2018 contra uma esquadra de polícia na cidade de Barranquilla (norte), que provocou seis mortos e mais de 40 feridos.
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