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Conselho Norueguês de Refugiados denuncia violência do Boko Haram

A violência do grupo 'jihadista' Boko Haram mantém na miséria milhões de deslocados no noroeste da Nigéria dez anos depois do começo dos seus ataques, denunciou hoje o Conselho Norueguês de Refugiados (NRC, na sigla em inglês).

Conselho Norueguês de Refugiados denuncia violência do Boko Haram
Notícias ao Minuto

14:38 - 23/07/19 por Lusa

Mundo Boko Haram

A Organização não-governamental(ONG) NRC, refere que há mais de 180.000 pessoas atualmente a precisar de abrigo no Estado de Borno.

No mesmo documento, referem que se aproxima a época das chuvas, o que pode causar outro surto mortal de cólera no país. Salientam que no ano passado, 10.000 casos de cólera foram confirmados na Nigéria e matou 175 pessoas.

O diretor nacional do NRC na Nigéria, Eric Batonon, disse que todas as semanas, as pessoas fogem da violência e da insegurança no nordeste da Nigéria.

Batonon pediu a comunidade humanitária global, as autoridades locais e nacionais a fazerem muito mais e melhor para melhorarem a vida das pessoas [naquele território].

"Dez anos depois, é angustiante ver famílias ainda aglomerados em abrigos improvisados com sistemas inadequados de drenagem para remover a água da chuva", acrescenta Batonon.

O diretor nacional do NRC na Nigéria, disse que o mundo precisa ampliar o trabalho de assistência e enviar uma mensagem de esperança para os mais de sete milhões de pessoas que precisam de assistência humanitária no nordeste da Nigéria. "Depois de uma década de conflito, precisamos mostrar a eles que não foram esquecidos".

O Conselho Norueguês de Refugiados, refere no comunicado divulgado que há centenas de milhares de pessoas deslocados a viver em sítios superlotados sem condições e padrões mínimos internacionais e sem acesso "adequado a latrinas e água potável".

Segundo a ONG, algumas pessoas vivem em abrigos feitos de pedaços de madeira e pedaços de tecido rasgado. Salientam que os abrigos improvisados não oferecem proteção contra vento ou chuva e quase não oferecem privacidade ou segurança. "Muitos nem sequer têm uma porta - o que deixa mulheres, homens e crianças altamente vulneráveis a intrusões e ataques", acrescentam.

É fundamental descongestionar esses locais superlotados, fornecer às pessoas que foram forçadas a fugir instalações seguras e dignas e evitar outro surto mortal de cólera ", refere Batonon.

O grupo Boko Haram foi criado em 2002 no nordeste da Nigéria por Mohameh Yusuf, após o abandono do norte do país pelas autoridades.

Inicialmente, os seus ataques eram dirigidos à polícia nigeriana, uma vez que representava o Estado. No entanto, desde a morte de Yusuf, em 2009, o grupo passou a ter uma abordagem mais radical.

Desde então, o Boko Haram matou mais de 20.000 pessoas e as suas ofensivas provocaram aproximadamente dois milhões de deslocados, de acordo com as Nações Unidas.

Leia Também: Ataque do Boko Haram causa quatro mortos no Chade

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