Tártaros da Crimeia detidos em Moscovo durante protesto
Cerca de 50 tártaros da Crimeia foram hoje detidos frente ao Supremo tribunal russo em Moscovo, onde pretendiam protestar contra a prisão de membros desta comunidade muçulmana que habita na península anexada pela Rússia em 2014.
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Mundo Rússia
A militante Alexandra Krylenkova declarou à agência noticiosa AFP que a polícia deteve 55 pessoas frente ao edifício, acusando-os de participar numa manifestação não autorizada.
A ONG OVD-Info referiu-se por sua vez a 44 interpelações.
Na quarta-feira, diversos tártaros da Crimeia já tinham sido detidos pelas forças da ordem no decurso de uma manifestação na Praça Vermelha para denunciar a "repressão" de que se dizem vítimas.
O Supremo tribunal examinou hoje o apelo de quatro tártaros da Crimeia contra a sua condenação por envolvimento no grupo islamita radical Hizb ut-Tahrir.
Condenados em 2018 a penas entre nove e 17 anos de prisão por terrorismo, a sua condenação foi reduzida de três meses em recurso.
Os tártaros da Crimeia, uma comunidade muçulmana maioritariamente oposta à anexação da Crimeia por Moscovo, estão submetidos a forte pressão pelas novas autoridades.
A justiça russa não apenas proibiu e qualificou de "organização terrorista" o Medjlis (assembleia dos Tártaros da Crimeia), mas também encerrou a cadeia televisiva desta minoria.
Antigo presidente do Medjlis e dirigente histórico dos Tártaros da Crimeia, Moustafa Djemilev tem o acesso interdito à península desde abril de 2014.
Desde então exilou-se na Ucrânia, onde se tornou deputado.
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