Segundo o porta-voz do Governo de Berlim, Steffen Seibert, a Alemanha vai continuar a colaborar no âmbito da coligação que combate o grupo Estado Islâmico com os mesmos recursos usados até ao momento: com aviões de observação e instrutores militares em território iraquiano.
"Quando digo que o plano do Governo é continuar com as medidas atuais na luta contra o Estado Islâmico é evidente que no quadro destas medidas não se inclui o envio de forças terrestres", disse Seibert.
O responsável pela Comissão Especial dos Estados Unidos na luta contra o Estado Islâmico na Síria disse durante o fim de semana que queria que tropas alemãs pudessem substituir os soldados norte-americanos no terreno.
O líder do grupo parlamentar da CDU (democratas-cristãos), Ralph Brinkhaus, manifestou ceticismo sobre o assunto e recordou que o partido não dispõe da maioria parlamentar necessária para uma medida desta natureza.
"Sou muito crítico sobre o assunto e além do mais não temos uma maioria no Bundestag" (Câmara Baixa do Parlamento alemão), disse Brinkhaus antes da reunião da CDU, o partido da chanceler Angela Merkel, e que decorre hoje.
Antes, o presidente interino do SPD (social-democratas), Thorsten Schaffer-Gumbel, recusou o envio de tropas alemãs para a Síria.
Os Verdes e o Partido Liberal também se mostraram contra.
O envio de forças terrestres para a Síria, tal como qualquer outra operação militar alemã fora do território da Aliança Atlântica, precisa da aprovação obrigatória do Bundestag.