Empresa mineira francesa processa Níger após desaparecimento do diretor

A empresa francesa de exploração de urânio Orano processou o Governo do Níger após o desaparecimento do diretor e invasão dos escritórios locais, noticia hoje a agência norte-americana Associated Press (AP).

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Lusa
14/05/2025 17:12 ‧ há 3 horas por Lusa

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Níger

"A Orano deplora esta intervenção, para a qual não foi apresentada qualquer base legal ou razão", declarou a Orano num comunicado na terça-feira, acusando as autoridades de prisão arbitrária, detenção ilegal e "confisco injusto dos bens das empresas nigerinas, filiais da Orano e do próprio Estado do Níger".

 

Estes episódios ocorrem numa altura em que as autoridades militares deste país da África Ocidental apertam o cerco às empresas estrangeiras e à sociedade civil.

Segundo a Orano, o diretor da empresa terá sido detido no início deste mês e nas rusgas, que ocorreram em Niamey, capital do Níger, foram apreendidos aparelhos eletrónicos e telemóveis.

Contactadas pela AP, as autoridades militares do Níger não responderam ao pedido de comentário.

A Orano opera no Níger, país que é o sétimo maior fornecedor mundial de urânio, há mais de 50 anos, mas no ano passado as autoridades militares retiraram à empresa a autorização de exploração da mina de urânio de Imouraren, com reservas estimadas em 200.000 toneladas.

As autoridades também assumiram o controlo operacional da filial da Orano, Somaïr, que explora a única mina de urânio ativa no país, perto da cidade de Arlit.

As autoridades militares tomaram o poder em 2023 com o compromisso de cortar os laços com o Ocidente e prometeram rever as concessões mineiras.

Antes disso, o Níger era o principal parceiro económico e de segurança do Ocidente no Sahel, a vasta região a sul do deserto do Sara que tem sido um foco de extremismo violento.

O fundador e diretor da estação de rádio privada Sahara FM, Ibrahim Manzo, disse hoje que as autoridades tinham detido três dos seus funcionários na cidade central de Agadez, acusando-os de espalharem notícias falsas.

Embora as autoridades de transição do Níger tenham recentemente libertado prisioneiros políticos numa tentativa de acalmar o clima político, as detenções continuam.

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