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Conselho de Segurança da ONU apela a cessar-fogo na Líbia

O Conselho de Segurança da ONU apelou hoje a um cessar-fogo urgente na Líbia em comunicado apoiado pelos Estados Unidos e que condena, quatro dias depois, o mortífero ataque contra um campo de migrantes perto de Tripoli.

Conselho de Segurança da ONU apela a cessar-fogo na Líbia
Notícias ao Minuto

18:45 - 05/07/19 por Lusa

Mundo Líbia

"Os membros do Conselho de Segurança sublinham a necessidade por todas as partes de procederam urgentemente a um apaziguamento e comprometerem-se num cessar-fogo", afirma este comunicado.

O texto foi negociado durante uma reunião do Conselho de Segurança (CS) na quarta-feira mas a sua adoção foi atrasada por Washington sem motivo claro, com diversos membros do CS a manifestarem a sua "incompreensão", refere a agência noticiosa AFP.

De acordo com um diplomata, o comunicado do CS "condena" o ataque de 2 de julho que vitimou "56 pessoas". O raide aéreo, atribuído pelo Governo de Acordo Nacional (GNA) de Fayez al-Sarraj às forças do marechal Khalifa Haftar, homem forte do leste líbio, que desmentiu o seu envolvimento, também provocou mais de 130 feridos.

"Os membros do Conselho de Segurança apelam aos partidos para um regresso imediato a um processo político sob a égide da ONU". "A paz e a estabilidade duradouras na Líbia apenas serão possíveis através de uma solução política", acrescenta o comunicado, que também recorda "os esforços efetuados pela União Africana, Liga Árabe e outros".

O CS também expressa "profunda preocupação face à situação humanitária existente na Líbia e pede a todas as partes que permitam um acesso total às agências humanitárias".

Recorda ainda que "os centros de detenção são da responsabilidade do Governo líbio", indicando "preocupação" pela situação existente.

Por fim, o comunicado do CS exorta os Estados-membros "ao pleno respeito ao embargo às armas" imposto em 2011 e que tem registado numerosas violações nos últimos meses. O texto solicita ainda aos Estados-membros que "não intervenham no conflito nem adotem medidas que o agravem".

Desde o início da ofensiva militar de Khalifa Haftar para conquistar a capital Tripoli, em abril, as armas continuam a afluir nos dois campos. Fayez al-Sarraj é designadamente apoiado pela Turquia e Qatar. Khalifa Haftar, beneficia por sua vez do apoio do Egito e Emirados Árabes Unidos, e ainda da cumplicidade de França, Estados Unidos e Rússia.

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