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Venezuela anuncia normalização das relações diplomáticas com a Alemanha
A Venezuela e a Alemanha vão retomar as relações diplomáticas, suspensas desde março último, quando Caracas declarou "persona non grata" e expulsou o embaixador alemão, Daniel Kriener, alegando "ingerência nos assuntos internos" venezuelanos, foi hoje anunciado.
© Reuters
Mundo Diplomacia
"O Governo da República Bolivariana da Venezuela informa o povo venezuelano e a comunidade internacional que, após vários contactos com o Governo da República Federal da Alemanha, iniciou um processo de normalização das relações diplomáticas entre ambos os Estados", explica o Ministério de Relações Exteriores venezuelano, num comunicado.
O documento, divulgado em Caracas, explica que a retoma das relações tem por base um acordo alcançado hoje, numa reunião realizada em Berlim, entre o vice-ministro venezuelano para a Europa, Yván Gil, e a diretora para a América Latina e as Caraíbas, do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Marian Schuegraf.
"Desta maneira, avançamos para a restituição dos canais de diálogo diplomático no quadro do respeito mútuo e da preeminência do Direito Internacional", precisa o comunicado.
O documento explica ainda que, consequentemente, o Presidente Nicolás Maduro "decidiu deixar sem efeito o conteúdo do comunicado do passado 06 de março de 2019, através do qual foi declarado "persona non grata" o embaixador da Alemanha, Daniel Martin Kriener, e o Governo alemão decidiu que regressasse à Venezuela para construir uma agenda de interesse mútuo, "de acordo com os princípios de cooperação internacional".
Em 06 de março, o Governo venezuelano decidiu expulsar o embaixador alemão Daniel Kriener alegando "os seus recorrentes atos de ingerência nos assuntos internos do país".
Na altura, Caracas considerou ser "inaceitável" que um representante diplomático estrangeiro se alinhe publicamente com a "agenda de conspiração" da oposição venezuelana, como parte de uma delegação internacional que recebeu o líder opositor - e autoproclamado Presidente interino - Juan Guaidó, no aeroporto internacional Simón Bolívar de Maiquetía, quando regressava de um périplo por vários países latino-americanos, apesar de ter sido proibido de sair da Venezuela, pelo Supremo Tribunal de Justiça.
Segundo o Governo venezuelano, as ações do embaixador eram "hostis".
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