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Pedro Sánchez pede desculpa por falhar ida ao parlamento na terça-feira

O chefe do Governo de gestão espanhol pediu hoje desculpa, a partir de Bruxelas, à presidente do parlamento e dos grupos parlamentares por não poder ir fisicamente a Madrid na terça-feira comunicar a data do debate da sua investidura.

Pedro Sánchez pede desculpa por falhar ida ao parlamento na terça-feira
Notícias ao Minuto

15:48 - 01/07/19 por Lusa

Mundo Espanha

Pedro Sánchez confirmou que irá comunicar essa data por telefone e também através de uma carta a Meritxell Batet, como sinal do "profundo respeito" por ela e pelos grupos parlamentares.

O primeiro-ministro espanhol disse acreditar que seu "dever" é participar no Conselho Extraordinário Europeu que foi suspenso hoje em Bruxelas até terça-feira às 11h00 locais (10h00 em Lisboa) para tentar chegar a acordo sobre a distribuição dos principais cargos da União Europeia.

"Eu acredito que a Espanha tem de estar representada no Conselho, temos de defender os interesses do nosso país, também da social-democracia europeia...", disse Pedro Sánchez à saída da cimeira europeia que está reunida desde domingo ao fim do dia e foi esta manhã interrompida até terça-feira.

Mais de dois meses depois das eleições legislativas de 28 de abril último, Sánchez decidiu apresentar-se para uma sessão de investidura que terá lugar em julho, apesar de ainda não ter garantido os apoios necessários à aprovação da sua candidatura a continuar chefe do Governo.

Sánchez, que também é o secretário-geral do PSOE (Partido Socialista Espanhol) defende a criação de um "Governo de cooperação" com o Unidas Podemos que, no entanto, faz depender o seu apoio à participação de ministros desta formação.

A soma do PSOE (123) e do Unidas Podemos (42) fica 11 votos aquém da maioria absoluta (176) necessária para que Pedro Sánchez seja investido à primeira volta no parlamento.

Mesmo com o apoio do Unidas Podemos, o que não está confirmado, Sánchez teria de negociar o apoio de outros partidos ou, na pior das hipóteses, a sua abstenção numa segunda volta, 48 horas depois da primeira, quando apenas precisar da maioria dos votos expressos.

Se Pedro Sánchez não conseguir ser investido nesta primeira sessão de investidura com duas voltas, tem em seguida dois meses, a partir da primeira votação, para tentar reunir a maioria necessária para voltar a tentar ser eleito.

Nas legislativas realizadas em 28 de abril último, os socialistas foram o partido mais votado, com quase 29% dos votos, mas outros quatro partidos tiveram mais de 10%, acentuando a grande fragmentação política do país.

O PSOE tem 123 deputados eleitos (28,68% dos votos), o PP (direita) 66 (16,70%), o Cidadãos (direita liberal) 57 (15,86%), a coligação Unidas Podemos (extrema-esquerda) 42 (14,31%), o Vox (extrema-direita) 24 (10,26%), tendo os restantes sido eleitos em listas de formações regionais, o que inclui partidos nacionalistas e independentistas.

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