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Santos Silva defende mais abertura da Europa ao mundo

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, defendeu hoje a necessidade de a União Europeia (UE) "se abrir mais ao mundo" através do aprofundamento e redefinição das parcerias com regiões estratégicas, designadamente África.

Santos Silva defende mais abertura da Europa ao mundo
Notícias ao Minuto

19:46 - 25/06/19 por Lusa

Mundo MNE

O ministro, que falava sobre 'Soberania Europeia num Mundo Multipolar' numa conferência organização pelo Conselho Europeu para as Relações Externas (European Council on Foreign Relations, ECFR), em Lisboa, definiu essa abertura como "condição essencial" para a construção de uma agenda europeia de política externa.

"Não podemos ignorar que 1,4 mil milhões de pessoas vivem atualmente na China, 1,4 mil milhões na Índia, que África vai duplicar a sua população nas próximas três ou quatro décadas, a América Latina. Temos de desenvolver as parcerias existentes e redefinir outras parcerias com estas regiões estratégicas", sustentou.

"Do ponto de vista de Portugal, destacaria que talvez a parceria mais urgente a redefinir e a aprofundar é a parceria com África", acrescentou, frisando aspetos como a proximidade ou a cooperação política como sinais de que "os destinos dos dois continentes estão ligados".

Santos Silva considerou que essa agenda europeia externa permite "reforçar o papel da UE no mundo", algo de que "o mundo precisa muito", e é perfeitamente concretizável, dado que "os interesses dos Estados-membros são em geral os mesmos em termos do posicionamento e do papel [da UE] na ordem internacional".

Nessa perspetiva, adiantou noutro passo, "é crucial para a integração europeia" uma abordagem assente "na tensão e na intersecção entre unidade e diversidade".

"Temos de estar unidos na defesa dos nossos valores e princípios comuns e dotar-nos de um enquadramento comum no qual podemos e devemos desenvolver as nossas políticas nacionais, incluindo em politica externa", explanou.

Para isso, prosseguiu, é nomeadamente preciso que os Estados-membros "confiem mais uns nos outros" e compreendam que, por exemplo, Portugal tem uma relação mais próxima com a América Latina ou África que lhe dá uma visão "em que podem confiar".

"E estamos a fazer isto, mas podíamos fazer mais", afirmou, apontando o modelo seguido no Grupo de Contacto para a Venezuela, onde oito Estados-membros "se organizaram para fazer avançar uma abordagem europeia à Venezuela no sentido de contribuir para uma transição pacífica no país".

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