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Egito acusa ONU de estar a politizar a morte do ex-presidente Morsi

O Egito acusou hoje as Nações Unidas de querer "politizar" a morte de Mohamed Morsi reagindo à posição da ONU que pediu um inquérito "minucioso e independente" sobre a morte do ex-presidente.

Egito acusa ONU de estar a politizar a morte do ex-presidente Morsi
Notícias ao Minuto

09:53 - 19/06/19 por Lusa

Mundo Morsi

Em comunicado, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Egito, Ahmed Hafez, considerou hoje que a ONU está a "tentar deliberadamente politizar um caso de morte natural".

"Todas as mortes em prisão devem ser minuciosamente investigadas rapidamente e de forma imparcial e transparente através de um órgão independente" disse na terça-feira Rupert Colville, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos do Homem.

Mohamed Morsi, primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, preso há seis anos era mantido em regime de isolamento penitenciário.

O ex-presidente morreu na segunda-feira na altura em que decorria mais uma sessão no tribunal que o estava a julgar.

"O Estado tem como responsabilidade garantir que era tratado humanamente", acrescentou o responsável das Nações Unidas que demonstrou "inquietação" sobre as condições de detenção nomeadamente o falta de acesso a cuidados médicos na prisão.

Em março de 2018, uma comissão independente britânica, dirigida pelo deputado conservador Crispin Blunt, denunciou que Morsi estava sujeito a 23 horas de isolamento diário sendo que o ex-presidente sofria de diabetes e de insuficiência renal.

Organizações de defesa dos Direitos Humanos como a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch e o membro do Parlamento britânico, Crispin Blunt, pediram também um inquérito "independente" sobre a morte do antigo presidente, de 67 anos.

Mohamed Morsi esteve no poder durante um ano tendo sido destituído em 2013 pelo Exército após manifestações populares.

No primeiro julgamento, Morsi foi condenado a 45 anos de prisão por ter incitado à violência das autoridades contra os manifestantes e por espionagem a favor do Qatar.

Os veredictos seguintes -- condenação à morte e depois prisão perpétua -- foram anulados estando a ser julgado mais uma vez no Cairo.

Após a destituição, o atual presidente Abdel Fattah al-Sissi, que foi ministro da Defesa durante a presidência de Morsi, iniciou um processo de repressão contra a oposição, nomeadamente contra a Irmandade Muçulmana que apoiava o ex-chefe de Estado.

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