"Visita a Pyongyang visa progressão nas negociações nucleares"
O Presidente chinês, Xi Jinping, disse hoje, num artigo de opinião publicado no principal jornal norte-coreano, que a sua viagem a Pyongyang contribuirá para "progredir no diálogo" e nas "negociações sobre questões da Península Coreana".
© Reuters
Mundo Xi Jinping
O artigo foi publicado nas vésperas da deslocação de Xi ao país vizinho, a primeira visita de um chefe de Estado chinês àquele país desde 2005.
"Nós contribuiremos ativamente para a paz e estabilidade regional e para o desenvolvimento e prosperidade, fortalecendo a comunicação e a coordenação com a Coreia do Norte e outros atores relevantes, para alcançar progresso no diálogo e nas negociações sobre questões na Península Coreana", escreveu Xi.
O líder chinês refere claramente as negociações entre Pyongyang e Washington sobre a desnuclearização, que se encontram num impasse, desde a cimeira fracassada, em Hanói, em fevereiro passado.
Os EUA rejeitaram a oferta de Pyongyang, de desmantelar o seu principal complexo nuclear em troca do fim das sanções da ONU, insistindo antes no desarmamento total.
No artigo, Xi afirma que a intenção de Pequim é resolver, através do diálogo, os "motivos razoáveis que preocupam o regime", numa aparente demonstração de apoio à proposta de desnuclearização progressiva de Pyongyang.
No mês passado, o regime norte-coreano disparou mísseis de curto alcance e outras armas no mar, visando provavelmente pressionar os EUA.
A visita ocorre numa altura em que também as negociações entre Washington e Pequim, para pôr fim a uma guerra comercial que espoletou no verão passado, se encontram num impasse, após a administração Trump acusar os negociadores chineses de recuarem nos seus compromissos e aumentado as taxas alfandegárias sobre quase metade das importações oriundas da China.
Analistas consideram que, com esta visita, a China tentará enfatizar perante os EUA a grande influência que tem sobre a Coreia do Norte como o seu principal parceiro comercial e aliado.
Kim visitou a China por quatro vezes, no espaço de um ano, num sinal de renovada confiança entre Pyongyang e Pequim, após anos de distanciamento, face à insistência do regime norte-coreano em prosseguir com o seu controverso programa nuclear.
No entanto, Xi Jinping só agora retribuirá a visita, rompendo com o protocolo nas relações entre Estados - as visitas devem ocorrer alternadamente, de forma recíproca.
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