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'Terrible Tommy'. Morreu triplo homicida que passou 35 anos na solitária

Thomas Silverstein foi o recluso que mais tempo passou numa solitária nos Estados Unidos. Na sua cela, as luzes nunca eram apagadas.

'Terrible Tommy'. Morreu triplo homicida que passou 35 anos na solitária
Notícias ao Minuto

17:08 - 24/05/19 por Notícias Ao Minuto

Mundo Solitária

Morreu, aos 67 anos de idade, o recluso que mais tempo passou em isolamento no sistema prisional norte-americano.

Thomas Silverstein morreu a 11 de maio mas a notícia da sua morte só foi tornada pública esta quarta-feira, pela agência responsável pela gestão de prisões nos Estados Unidos.

Silverstein estava na solitária desde 1983, altura em que matou um guarda prisional. Acredita-se que seja o preso que mais tempo passou em isolamento, totalizando 35 anos, sendo que a maior parte do tempo estava sujeito a uma ordem de contacto mínimo com outras pessoas.

‘Terrible Tommy’, como se tornou conhecido, entrou pela primeira vez na prisão em 1978, no Kansas, julgado por roubo. Naquele estabelecimento prisional foi acusado de matar outro recluso e foi, por isso, transferido para uma prisão de segurança máxima, no estado do Illinois.

Acabou por ser ilibado da morte na prisão do estado do Kansas, mas em Illinois matou dois reclusos e um guarda. Silverstein era frequentemente alvo de outros detentos por se suspeitar que fazia parte de um grupo supremacista branco.

Nessa altura, em 1983, foi considerado uma ameaça e acabou transferido para uma prisão federal em Atlanta, onde ficou confinado a uma cela de 1,8 por 2,1 metros. As luzes nunca eram desligas na sua cela, para ser vigiado durante todo o tempo.

“É quase mais humano matar alguém imediatamente do que enterrar um homem vivo”, escreveu Silverstein, em 2008, numa carta a um amigo, citada pela CNN. Em 2007, os seus advogados processaram a agência de gestão de prisões por manter o recluso em condições que podiam ser consideradas cruéis.

Atualmente, encontrava-se numa prisão de segurança máxima em Colorado, também na solitária. Mantinha-se a ordem de contacto reduzido com outras pessoas, mas já lhe era permitido ver televisão, escrever cartas ou fazer meditação.

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