As forças lideradas pelo marechal Khalifa Haftar, mantêm em curso um ataque contra Trípoli.
"As declarações de apoio e cobertura diplomática a Haftar são completamente infundadas", disse um alto funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros de França.
O Governo líbio, reconhecido pela comunidade internacional, com sede em Tripoli, acusou hoje diretamente e pela primeira vez, as autoridades francesas de apoiarem o marechal Khalifa Haftar, cujas forças lançaram uma ofensiva contra a capital.
A posição do Governo de Acordo Nacional (GAN) foi assumida pelo ministro do Interior, Fathi Bach Agha, que ordenou "a suspensão de qualquer ligação entre (o Ministério do Interior) e a parte francesa no âmbito de acordos bilaterais de segurança (...) por causa da posição do governo francês de apoiar o criminoso Haftar que age contra a legitimidade".
Considerada por diplomatas e analistas como um dos apoios do marechal Khalifa Haftar, juntamente com o Egito ou os Emirados Árabes Unidos, a França nega ter apoiado a ofensiva contra Tripoli.
A 8 de abril, uma fonte diplomática francesa indicou que Paris não tinha uma "agenda oculta" para colocar Haftar no poder, a quem "não reconhecerá qualquer legitimidade" se assumir o controlo de Tripoli com o recurso a armas.