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Quase dez mil pessoas vítimas de artefactos explosivos na Colômbia

Pelo menos 9.662 pessoas, entre militares e civis, foram vítimas de minas antipessoais utilizadas como arma de guerra pela agora desmobilizada guerrilha das FARC, nos últimos 15 anos no conflito armado colombiano, foi hoje anunciado.

Quase dez mil pessoas vítimas de artefactos explosivos na Colômbia
Notícias ao Minuto

22:32 - 04/04/19 por Lusa

Mundo FARC

O estudo "A devastação de um povo: meios e métodos de guerra ilegais aplicados pelas FARC" foi hoje entregue pela organização não-governamental (ONG) Mil Vítimas.

O documento salienta que, nos últimos 15 anos, 7.413 militares foram atingidos por artefactos explosivos, disse o comandante do Exército, general Nicacio Martinez, antes da entrega do relatório, que coincide com o Dia Internacional da Sensibilização Contra as Minas Antipessoais.

O comandante do Exército acrescentou que, do total, 1.611 soldados morreram devido aos explosivos, enquanto 5.802 "ficaram com o corpo lacerado devido às minas".

"O relatório é o resultado de uma rigorosa investigação interdisciplinar com a participação de sociólogos, advogados, especialistas em explosivos (...), que fez uma análise detalhada do desenvolvimento, operação e danos causados por minas antipessoais usadas pelas FARC [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia] durante o confronto armado ", disse Gina Valoyes, representante da ONG.

O estudo também documentou que 355 civis morreram por causa das minas e que outras 1.894 pessoas ficaram feridas.

Dototal de feridos, 619 eram mulheres e 1.199 crianças, acrescentou Valoyes, salientando que o relatório visa contribuir para a construção de uma paz estável e duradoura.

Em 2016, o Governo do Presidente Juan Manuel Santos assinou com as FARC um acordo de paz que culminou com o abandono das armas e a conversão do grupo rebelde em partido político.

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