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Suspeita de matar meio-irmão de Kim Jong-un pode ser libertada

A mulher suspeita de matar o meio-irmão do líder norte-coreano Kim Jong-un declarou-se hoje culpada de uma nova acusação, que substitui a de homicídio, e pode ser libertada nas próximas horas, disse o seu advogado.

Suspeita de matar meio-irmão de Kim Jong-un pode ser libertada
Notícias ao Minuto

04:07 - 01/04/19 por Lusa

Mundo Advogado

muito provável que seja libertada hoje", disse aos jornalistas o advogado da vietnamita Doan Thi Huong, Salim Bashir, à frente do tribunal de Shah Alam, na Malásia, que pediu clemência ao tribunal.

Os procuradores pretendem agora acusar Huong de "causar dano voluntário com uma arma perigosa", cuja moldura penal corresponde a uma sentença máxima de 10 anos de prisão, substituindo a acusação de homicídio que enfrentava, punível com pena de morte, segundo documentos fornecidos aos jornalistas.

O tribunal malaio tinha rejeitado a 14 de março a sua libertação, poucos dias depois de ter deixado cair as acusações sobre a outra ré.

O processo da mulher vietnamita, Doan Thi Huong, de 30 anos, está em curso no tribunal há um ano e meio, na sequência do assassínio de Kim Jong-nam, em 13 de fevereiro de 2017, com VX, um agente neurotóxico e uma versão altamente letal do gás sarín.

Também este mês, Siti Aisyah, detida com Doan Thi Huong pelas autoridades, foi libertada após os procuradores terem retirado inesperadamente a acusação de homicídio.

O juiz do Supremo Tribunal dispensou Aisyah sem absolvição, depois de os procuradores terem dito, sem avançar uma razão, que queriam retirar a acusação de homicídio contra a mulher indonésia.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros indonésio afirmou que a libertação de Aisyah se deveu ao contínuo esforço diplomático realizado ao mais alto nível e insistiu na ideia de que a indonésia foi "enganada e não teve consciência de que estava a ser manipulada pelos serviços secretos norte-coreanos".

O episódio fatal teve lugar num terminal de aeroporto em Kuala Lumpur. As duas mulheres alegaram que estavam convencidas de que se encontravam a participar numa brincadeira para um programa de TV.

As acusadas disseram às autoridades que toda a situação tinha sido orquestrada por um grupo de quatro homens, identificados como cidadãos norte-coreanos pela polícia malaia, que lhes pagou 80 dólares a cada uma.

De acordo com a polícia, os quatro embarcaram, na sequência do ataque, num avião com destino a Pyongyang.

Desde o primeiro momento que os serviços secretos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos atribuíram o crime a agentes norte-coreanos, mas Pyongyang argumentou que a morte foi provocada por um ataque cardíaco e acusou as autoridades da Malásia de conspirarem com os seus inimigos.

As autoridades da Malásia nunca acusaram oficialmente a Coreia do Norte e deixaram claro que não querem que o julgamento seja politizado.

Kim Jong-nam, que viajava com um passaporte com o nome de Kim Chol, ia embarcar para Macau, onde vivia exilado. Era o filho mais velho da atual geração da família governante da Coreia do Norte, vivia no exterior há anos, mas, segundo vários analistas, poderá ter sido visto como uma ameaça ao líder norte-coreano, Kim Jong-un.

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