Tio e sobrinho libertados após 43 anos de prisão. Eram inocentes
Foram julgados e condenados em apenas dois dias, por crime que não cometeram. Podem agora ser compensados até 1,78 milhões de euros.
Mundo Estados Unidos
Hubert Nathan Myers e o tio, Clifford Williams Jr., foram agora libertados, depois de 43 anos de prisão, depois de serem acusados por um crime que não cometeram. Agora com 61 e 76 anos de idade, tinham sido detidos com 18 e 34 anos, respetivamente.
Os dois homens estavam numa festa em Jacksonville, na Flórida, em maio de 1976, quando duas mulheres foram baleadas num apartamento vizinho. Uma delas morreu.
Ambos foram detidos, julgados e condenados a prisão perpétua. Esta última quinta-feira, aquele estado norte-americano anulou as condenações e libertou-os.
Ao ouvir a decisão, Hubert e Clifford, reporta a CNN, abraçaram-se longamente antes de cumprimentarem os seus familiares. No exterior do tribunal, Hubert beijou o chão.
Kissing the ground. On @ActionNewsJax at 6:00 two men who were wrongfully convicted are free. They spent 42 years in prison for crimes they didn’t commit. pic.twitter.com/Q5WUvBrDAy
— Bridgette Matter (@bridgetteANjax) 28 de março de 2019
A mulher que sobreviveu ao ataque que colocou ambos os homens atrás das grades disse à polícia que tinham sido eles os culpados e que ambos tinham disparado dentro do apartamento, mas as provas mostravam que os tiros tinham vindo do exterior e provenientes da mesma arma.
A defesa de ambos não apresentou nem provas, nem testemunhas, mesmo várias pessoas tendo dito que estavam com os dois na festa quando ouviram os tiros. Ainda assim, o tribunal condenou-os, após um julgamento que durou apenas dois dias.
Mantiveram sempre que eram inocentes, mas passaram todos estes anos na prisão - faz 43 anos no próximo maio.
We are so thrilled to see justice in action today. This exoneration was initiated by the State Attorney of the Fourth Judicial Circuit, Melissa Nelson and her Conviction Integrity Review Unit. These men have waited nearly 43 years to see this day. pic.twitter.com/DgmWdtajHy
— Innocence Project of FL (@FLA_Innocence) 28 de março de 2019
Só quando foi criada, em 2017, uma comissão dentro do Ministério Público do estado da Flórida, através do procurador estadual, para rever casos julgados. O sobrinho e o tio pediram que o seu caso fosse revisto. Pouco tempo depois, um relatório de 77 páginas provou que estavam inocentes.
Podem agora receber uma compensação até 2 milhões de dólares (cerca de 1,78 milhões de euros).
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